Clorofórmio matou manifestantes em Odessa

Peritos identificaram substância após incêndio na Casa dos Sindicatos


Diário da Rússia

Peritos ucranianos divulgaram na segunda-feira, 19, os resultados das necropsias efetuadas nas vítimas da tragédia de Odessa na sexta-feira, 2. Segundo os legistas, a inalação de clorofórmio foi a principal causa destas mortes, conforme anunciou o diretor do Departamento de Investigações do Ministério do Interior da Ucrânia, Vitali Sakal.

Os investigadores detectaram um produto nos detritos e na fuligem do incêndio daquela sexta-feira. Recolhida para análise, a substância foi identificada como clorofórmio, um solvente utilizado em extintores.

Vitali Sakal explicou que a inalação de clorofórmio leva à parada respiratória, sedo isso o que aconteceu com as vítimas fatais da tragédia. Em 32 óbitos analisados, a razão principal da morte não foi a gravidade das queimaduras, mas sim a inalação desta substância que é altamente tóxica, asfixiante e causadora de insuficiência cardíaca.

Ainda de acordo com Vitali Sakal, uma mistura contendo clorofórmio e outros agentes tóxicos permanecia na Casa dos Sindicatos durante mais de um dia após a tragédia de 2 de maio. Em contato com o ar, os efeitos do clorofórmio se potencializam provocando mortes.

A tragédia de 2 de maio em Odessa foi causada por choques entre partidários da federalização da Ucrânia e membros da organização extremista Setor de Direita, que apoia o governo. Diversas pessoas se refugiaram na Casa dos Sindicatos que foi incendiada. Dezenas de manifestantes morreram e mais de 100 pessoas foram hospitalizadas, entre elas, policiais que atuaram na repressão aos confrontos.

O clorofórmio, apontado como principal causador das mortes em Odessa, foi utilizado durante algum tempo como anestésico, porém, devido ao elevado potencial tóxico, a sua utilização para esta finalidade foi abandonada.

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