Exército ucraniano denuncia violações do cessar-fogo

Segundo governo, foram registrados mias de 40 ataques desde acordo.
Trégua foi estabelecida para facilitar as negociações de paz.


France Presse

O exército ucraniano denunciou nesta quarta-feira (25) violações do cessar-fogo provisório decretado por Kiev e aceito por um líder rebelde, e registrou mais de 40 ataques de separatistas pró-Rússia desde segunda-feira (23) no leste do país.

"As forças das operações militares ucranianas registraram nos últimos três dias 44 casos de ataques rebeldes que violam o cessar-fogo", informou o porta-voz, Vladislav Selezniov, no Facebook.

Kiev decretou um cessar-fogo até sexta-feira (27) e um líder rebelde afirmou que os separatistas, que reivindicam a independência de duas regiões, deveriam participar na trégua com o objetivo de facilitar as negociações de paz.

Um dos líderes das milícias pró-russas que atuam no sudeste da Ucrânia, Miroslav Rudenko, afirmou que "de fato" não houve nenhuma trégua, em declarações divulgadas nesta quarta pela agência russa "Interfax".

"Foram meras declarações: de fato, os combates não cessaram, nem durante uma hora", disse Rudenko.

A Presidência ucraniana comunicou na noite desta terça que o chefe do Estado "não exclui" a possibilidade de anular o cessar-fogo devido a seu "permanente descumprimento" pelas milícias, que segundo Kiev, são "controladas desde o exterior", em alusão à Rússia.

Imagens

De acordo com Selezniov, as forças ucranianas conseguiram filmar os ataques cometidos contra postos de controle e posições militares, com morteiros e lança-granadas, sobretudo na região rebelde de Donetsk.

"As imagens demonstram que os rebeldes seguem violando em massa as condições do plano de paz do presidente ucraniano Petro Poroshenko", destacou Vladislav Selezniov.

Na terça-feira (24), os rebeldes derrubaram um helicóptero militar ucraniano na região de Slaviansk, outro reduto insurgente, e mataram nove soldados que estavam a bordo.

Os ataques ameaçam as esperanças do presidente Poroshenko, respaldado por seus aliados ocidentais, de acabar com a insurreição separatista que ameaça a a unidade da ex-república soviética.


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