Ataque aéreo israelense causa morte de palestinos em Gaza

Pelo menos 14 pessoas morreram, segundo fontes médicas.
Forças israelenses iniciaram ofensiva após disparos palestinos.


Do G1, em São Paulo

Pelo menos 14 palestinos, incluindo duas crianças, morreram e mais de 80 ficaram feridos nesta terça-feira (8) em ataques israelenses contra a Faixa de Gaza, realizados em resposta aos disparos de foguetes, segundo o serviço de emergências palestino.

Este é o pior ciclo de violência que atinge o território palestino desde novembro de 2012.

O ataque mais grave atingiu no início da tarde uma casa em Khan Yunes, no sul da Faixa de Gaza, e matou sete pessoas, entre elas duas crianças, além de ter deixado 25 feridos.

"O ataque israelense teve como alvo a casa da família Al-Kaware", explicou à AFP o porta-voz do serviço de emergências, Ashraf al-Qodra.

Testemunhas indicaram que um drone lançou um sinal de aviso e que parentes e vizinhos se reuniram na casa para tentar dissuadir a aviação de atacar o imóvel. Mas pouco depois, um avião F-16 disparou um míssil que destruiu completamente a casa.

O movimento islamita palestino do Hamas reagiu e declarou nesta terça-feira que 'todos os israelenses" se tornaram alvos após o ataque israelense contra a casa de Khan Yunes.

Outras duas pessoas morreram em um outro ataque aéreo em Shejaya, no leste da cidade de Gaza, segundo Ashraf al-Qodra.

Poucas horas antes, também na cidade de Gaza, quatro pessoas "foram mortas em um ataque aéreo sionista contra um veículo civil em um bairro do centro", de acordo com a mesma fonte.

Membros da família das vítimas indicaram que todos eram militantes do Hamas, identificando um deles como Mohammed Shaaban, de 32 anos, um comandante das brigadas Ezzedine al-Qassam, o braço armado do Hamas.

Finalmente, outro palestino foi morto em um ataque aéreo durante a manhã perto do campo de refugiados de Nuseirat, no centro de Gaza.

Em meio aos ataques, o governo de Israel autorizou nesta terça que o exército convoque 40 mil reservistas para o caso de uma operação terrestre na Faixa de Gaza, informou a imprensa israelense.

A decisão acontece em meio à escala de violência mais grave desde novembro de 2012.

Na segunda-feira (7), o exército israelense lançou uma ofensiva aérea contra o movimento islamita Hamas, que reivindicou o lançamento de dezenas de foguetes contra o sul do Israel nos últimos dias.

O exército israelense está aberto a todas as opções para acabar com os disparos de foguetes a partir de Gaza, inclusive uma ofensiva terrestre, afirmou uma fonte militar que pediu anonimato.

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