Bombardeios do território russo não vão ficar sem resposta

A escalada das tensões na fronteira russo-ucraniana pode ter consequências irreversíveis, a responsabilidade pelas quais recairá sobre a parte ucraniana. O Ministério das Relações Exteriores russo fez esta advertência em relação ao bombardeio do território russo pelo exército ucraniano. A imprensa está discutindo possibilidades de ataques cirúrgicos de retaliação.


Natalia Kovalenko | Voz da Rússia

No domingo, 13 de julho, mais um russo foi vítima do exército ucraniano. Um ataque de morteiro alcançou-o perto de casa, na região de Rostov, em solo russo. Se antes cidadãos russos, jornalistas, morriam em território ucraniano, agora a guerra chegou até eles através da fronteira.

O enviado da Ucrânia na Rússia foi imediatamente chamado ao Ministério das Relações Exteriores, onde lhe expressaram um forte protesto, relatou o vice-chanceler russo Grigori Karasin:

“O sucedido é uma escalada qualitativa de perigo para cidadãos russos já em nosso próprio território. É óbvio que isso não ficará sem reação. O que aconteceu confirma mais uma vez a necessidade de parar urgentemente o derramamento de sangue, de retomar as negociações no âmbito do grupo de contato envolvendo as partes em conflito, de cumprir os acordos que foram alcançados anteriormente”.

A resposta de Moscou será dura e específica, advertiram o representante de Kiev. A imprensa relatou que em caso de novos atos de agressão seguirão ataques cirúrgicos por parte da Rússia. A paciência de Moscou está se esgotando, enfatiza o analista político Konstantin Zatulin:

“Se ataques a o trritório russo continuarem, então não teremos outra escolha senão usar a força para reprimir os postos de tiro qu bombardeiam as nossas terras. Vemos como Israel o faz quando se trata de ataques a seu território. Eu não estou apelando a que nós utilizemos as mesmas medidas abrangentes. Mas se em risco estão a vida e a propriedade de habitantes do território russo, só resta retaliar. A nossa paciência já foi amplamente demonstrada. Está na hora de tomar decisões que não permitirão transportar as áreas fronteiriças da Rússia em campo de batalha. É necessário exigir a nível político a cessação das hostilidades nas zonas fronteiriças. E se isso não for feito, atacar os postos de tiro inimigo, de onde projéteis são lançados para a Rússia”.

As opiniões de analistas, no entanto, divergem. Alguns acreditam que a Rússia está sendo deliberadamente provocada a faxer passos de força para depois acusá-la de agressão e exigir o seu isolamento político e econômico. Outros notam que até agora a discrição de Moscou até agora não foi devidamente apreciada. As sanções, a recusa de cooperar: quem queria seguir o apelo dos Estados Unidos e criar problemas para a Rússia, já o fez independentement e da verdadeira situação na Ucrânia.

Mas na política mundial existe não só o vetor ocidental. A China, a Índia, o Brasil e a África do Sul, todos eles membros dos BRICS, rejeitaram o apelo para isolar a Rússia. Vários países europeus também tentam olhar as coisas objetivamente e preferem agir em conformidade com seus próprios pontos de vista. E a maioria concorda que um país tem o direito de proteger seus cidadãos, dentro dos limites estipulados pela lei.



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