EUA não têm provas de envolvimento da Rússia na tragédia do Boeing

Os EUA não sabem exatamente quem derrubou o Boeing 777 da Malaysia Airlines no leste da Ucrânia, e admitem que o avião fosse destruído por engano por milicianos, disseram a jornalistas nesta quarta-feira representantes de alta patente da inteligência norte-americana.


Voz da Rússia

Na terça-feira, as autoridades dos EUA prometeram divulgar os dados de inteligência que confirmassem a versão da culpa das milícias. Aliás, provas documentais sobre o envolvimento de mísseis antiaéreos Buk ou dos milicianos não foram publicadas. Numa coletiva sobre o tema foi apenas repetida a afirmação de que, de acordo com a ELINT (inteligência eletrônica), o avião tinha sido atingido por um míssil Buk de classe superfície-ar disparado a partir do território controlado pela milícia.

"Nós não sabemos quem apertou o botão... A explicação mais verossímil é que era um engano e que o míssil foi lançado por uma equipe mal treinada", especificou um oficial de inteligência.

De acordo com a confissão dele, os EUA não têm evidências de envolvimento da Federação Russa no acontecido e não dispõem de provas expressas de os russos estarem presentes no local de lançamento ou a Rússia ter treinado os milicianos para operar o sistema de mísseis antiaéreos Buk.

Falando a repórteres, os representantes da inteligência voltaram a acusar a Rússia de fornecer armas aos milicianos. No entanto, antes da queda da aeronave malaia, a deslocação dos sistemas Buk através da fronteira não havia sido registrada, disseram eles.

Os militares ucranianos, de acordo com a inteligência dos EUA, não são os que abateram o avião.

Os norte-americanos recordaram analogias históricas, em particular, o Boeing sul-coreano abatido em 1983 por um caça soviético e a aeronave de passageiros iraniana atacada em 1988 por um cruzador porta-mísseis estadunidense.

"Nós todos vimos erros no passado", resumiu o representante da inteligência.



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