Eurosatory 2014: Thales e o cenário Brasil

R. Caiafa | InfoDefensa

São Paulo – O Grupo Thales, conglomerado francês de empresas de alta tecnologia com atuação global, está presente no Brasil há quatro décadas, e na atualidade, a Omnisys é a sua subsidiária no País. Na Eurosatory 2014, o estande da Thales montado na área externa da feira apresentou diversas novas tecnologias para terra, mar e ar. Sensores dos mais diversos tipos como radares, optrônicos ou imageadores termais, montados em plataformas aéreas, terrestres e marítimas, sistemas de sistemas englobando C2, C4I, fusão de dados, integração com comunicações multibandas e satelitais, amplo uso de NCW para aumentar a consciência situacional do campo de batalha (comando e inteligência), e de realidade virtual para treinamento das tropas em vários níveis, diversas opções em sistemas aéreos não tripulados, veículos blindados leves, sistemas de artilharia antiaérea e mísseis terra ar de curto e médio alcance (e seus radares de aquisição e direção de tiro), tecnologia de simulação 3D capaz de recriar cenários táticos com simbologia avançada (apoio a decisão), gerenciamento de estruturas críticas, dentre outras capacidades, atraíram delegações de várias forças armadas de todo o mundo.

A presença brasileira começou pela visita do atual embaixador do Brasil na França, o diplomata José Maurício Bustani, recebido na ocasião pela vice-presidente executiva-senior da área de desenvolvimento internacional, Pascale Sourisse, e pelo diretor geral da Thales no Brasil, Julien Rousselet. A delegação do Exército Brasileiro que visitou o estande da Thales contou com a presença do general-de-exército Sinclair James Mayer, chefe do Departamento de Ciência e Tecnologia, e do general-de-exército Marco Antonio de Farias, chefe do Comando Logístico (COLOG).

Segundo Julien “Os oficiais e autoridades brasileiras conheceram diversos sistemas, tecnologias e capacidades Thales passíveis de aplicação nas próximas etapas a serem licitadas do Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (SISFRON), no Sistema de Gerenciamento da Amazônia Azul (SisGAAz), cujo vencedor ainda não foi anunciado pela Marinha do Brasil, nos Programas de Comunicações e Sensoriamento da Terra a Partir do Espaço da Agência Espacial Brasileira, incluindo aí o Programa Estratégico de Sistemas Espaciais (PESE), e nos Programas Estratégicos do Exército Brasileiro como o Sistema Integrado de Proteção de Estruturas Estratégicas Terrestres (PROTEGER) e o Projeto de Recuperação da Capacidade Operacional (RECOP).

Muitas dessas capacidades, se contratadas pelas Forças Armadas, poderão tornar-se alvo de ToT com produção no Brasil, uma característica dos contratos da Thales, em consonância com a Estratégia Nacional de Defesa do Governo do Brasil”.

Segundo o diretor geral da Thales Brasil “Foram demonstrados as autoridades brasileiras visitantes sistemas de integração de comunicações para vários veículos blindados e carros de combate conhecido como SOTAS (Guarani 6x6, M113 modernizado, Leopard 1A5 BR), já selecionados e empregados na sua versão standard, e a proposta do “Mini” SOTAS, indicado para veículos leves como o Programa Veículo Blindado Multitarefa, Leve de Roda 4x4 (VBMT-LR 4x4); sistemas de mira e imageamento termal, proposta Thales para os novos 8x8 sobre rodas em estudos pelo EB, do tipo DNGS T3 (Dual Axis Stabilised Gunner's Sight), refrigerado, e do tipo VEM XGA (Vision Enhancer Module), câmera termal não refrigerada destinada a veículos militares, estações de armamentos automatizadas e sistemas de vigilância de fronteiras, desenvolvida pela Thales Canada; o veículo blindado leve Hawkei, um inovador carro desenvolvido pela Thales Australia; sistemas de morteiros de 120 mm com novas munições guiadas; o “Sistema do Soldado” designado Dismounted Close Combat System, uma visão Thales de programas Soldado do Futuro como o COBRA 2020 do Exército Brasileiro; soluções para a proteção de infraestruturas de rede e cibersegurança; soluções em optrônica para veículos e soldados; rádios do tipo Thales SDR (software defined radio) multibanda, imprescindíveis nas operações militares da atualidade; integração de capacidades C4ISR para Comando Controle e Inteligência (Commander Army e Commander Maritime); sistema de defesa antiaérea de tubo e alta mobilidade RAPID Fire e mísseis leves multiemprego LMM desenhados especialmente para uso em VANTS de asas fixas rotativas ou plataformas de superfície (funcionando como SAM de curto alcance); o estratégico sistema de soluções Satcom NEXIUM SAT, que provê todos os elementos de infraestrutura e instalações em solo e tecnologias necessárias a operação e manutenção de comunicações satelitais nacionais (back-bonne) para emprego em terra, no mar e no ar; e sistemas de vigilância e comunicações que utilizam balões (aeróstatos) combinados com tecnologias compactas de transmissão e recepção Thales 4G LTE”.


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