Netanyahu avisa que ofensiva de Israel pode durar além de setembro

Primeiro-ministro israelense pediu que população esteja preparada.
Bombardeio de caças de Israel matou dois palestinos na Faixa de Gaza.


Do G1, em São Paulo

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, deixou entrever neste domingo (24) que a atual ofensiva militar contra a Faixa de Gaza se prolongará ainda vários dias, já que Israel não conseguiu ainda seus objetivos.

Em declaração no início da reunião dominical do gabinete, o chefe do governo advertiu à população que esteja preparada para a possibilidade de os ataques continuarem além do início do ano escolar, previsto em Israel para a primeira semana de setembro.

Netanyahu alertou os civis palestinos para que saiam imediatamente de qualquer local onde os militantes estejam operando, um dia depois de Israel levar a guerra em Gaza a um novo patamar ao atacar um edifício de apartamentos de 13 andares.

Uma aeronave israelense disparou primeiro um foguete não explosivo no prédio, um sinal para os moradores saírem, antes de atacá-lo neste sábado (23). Dezessete pessoas ficaram feridas no ataque à estrutura, que Israel disse abrigava um centro de comando do Hamas.

"Convoco os habitantes de Gaza a evacuar imediatamente todos os locais a partir dos quais o Hamas está realizando atividade terrorista. Cada um desses lugares é um alvo para nós", disse o primeiro-ministro, conforme relatou a agência de notícias France Presse.

Caças

O conflito com os palestinos prosseguiu. Aviões de combate israelenses mataram neste domingo (24) dois palestinos que viajavam em uma motocicleta pelo centro da Faixa de Gaza. O ataque também deixou pelo menos dez pessoas feridas, segundo Ashraf al Qedra, porta-voz do Ministério da Saúde

Os dois homens, de 20 anos, circulavam perto das conhecidas "Torres Fayruz", no norte de Gaza, quando um projétil caiu sobre o veículo, segundo a agência de notícias Efe.

Com as mortes, chega a 2.105 o número oficial de vítimas palestinas nos 48 dias de bombardeios de Israel sobre a região. A maioria são civis e uma quarta parte dos mortos são crianças.

O conflito também matou 64 soldados israelenses em combates com milícias palestinas, e dois civis israelenses -- um deles um menor --, um beduíno e um trabalhador asiático, estes últimos atingidos por projéteis disparados a partir de Gaza.


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