Presidente da Ucrânia relata ataques na fronteira russa a vice dos EUA

Líderes expressaram preocupação na tensão com os rebeldes.
Rússia limitou importações de alimentos a países que apoiam sanções.


EFE

O vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, conversou nesta quarta-feira (6) por telefone com o presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, que lhe informou "sobre o envolvimento direto da Rússia no conflito", depois que artefatos explosivos foram lançados contra as forças militares ucranianas do lado russo da fronteira.

"Os dois líderes expressaram sua preocupação com as declarações russas sugerindo um papel para 'forças de paz' russas na Ucrânia, com a escalada militar permanente da Rússia na fronteira da Ucrânia, e com a continuação da transferência de armas da Rússia para os rebeldes na Ucrânia", afirmou a Casa Branca em comunicado.

Poroshenko reforçou "seu compromisso de evitar baixas civis e minimizar os efeitos colaterais ao tentar restaurar a lei e a ordem no leste da Ucrânia", uma situação sobre a qual os dois líderes também discutiram as possibilidades de uma solução diplomática.

Na semana passada, os Estados Unidos e a União Europeia (UE) aumentaram as sanções contra a Rússia pela falta de vontade do governo de Vladimir Putin em acabar com os enfrentamentos entre ucranianos e os separatistas pró-russos.

Perguntado sobre o efeito dessas sanções em uma entrevista coletiva, o presidente americano Barack Obama disse que ainda não é possível avaliar quais foram os efeitos das mesmas.

"As sanções estão funcionando conforme o previsto, para fazer pressão na economia russa. Se olharmos para os mercados e para as estimativas em termos de fuga de capitais, se olharmos para as projeções de crescimento da Rússia, o que estamos vendo é que a economia está paralisada", explicou o presidente.

"Além disso, foi apresentada a opção ao presidente Putin de tentar resolver os problemas no leste da Ucrânia através da diplomacia e de outros meios pacíficos, reconhecendo que a Ucrânia é um país soberano", acrescentou Obama.

"Nesse sentido, estamos fazendo exatamente o que deveríamos estar fazendo", reiterou o presidente americano, que também se mostrou agradecido com a parceria de alguns países europeus e do restante do mundo, que se uniram a esse processo.

"Tendo dito tudo isso, o problema ainda não foi resolvido. Ainda há confrontos no leste da Ucrânia. Os civis continuam morrendo", acrescentou.

O secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, anunciou uma visita à Ucrânia, a convite de Poroshenko, para avaliar a presença crescente de soldados russos na fronteira.

Por outro lado, Putin também ordenou que sejam proibidas ou limitadas, por um ano, as importações de produtos agrícolas, matérias-primas e alimentos dos países que apoiaram as sanções contra a Rússia por seu papel no conflito ucraniano.


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