EI ataca fronteira da Turquia - e país cogita entrar na coalização contra jihadistas

Sete membros do Estado Islâmico morreram após combate com curdos. Presidente turco vê necessidade de ofensiva terrestre para conter terroristas


Veja | EFE

Pelo menos sete membros do grupo jihadista Estado Islâmico (EI) morreram neste sábado em confronto com milicianos curdos perto da cidade de Kobani, no norte da Síria, junto à fronteira com a Turquia. Segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos, os jihadistas haviam atacado as Unidades de Proteção do Povo Curdo na região. Também há vítimas entre os curdos e islamitas, mas os números ainda não foram divulgados.

Mapa Estado Islâmico do Iraque e do Levante

O EI iniciou uma ofensiva para tomar o controle de Kobani no dia 16 de setembro e, desde então, tomou o controle de várias povoações nas imediações, o que gerou um êxodo de refugiados curdos sírios à Turquia.

Também neste sábado, o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, mostrou disposição em unir-se à coalizão internacional contra o Estado Islâmico (EI). Em conversa com jornalista durante voo de Nova York, onde participou de uma reunião das Nações Unidas, a Istambul, o turco considerou que é necessário lançar uma operação terrestre para combater o grupo terrorista. “Não pode haver um resultado permanente em lugares em que não chegam forças terrestres”, afirmou.

Segundo ele, a Turquia participará de uma operação terrestre caso o parlamento do país aprove envio de tropas - a decisão deve acontecer em 2 de outubro. Erdogan ainda afirmou que a Turquia e outros países da coalizão já estudam como cada um atuará nos ataques.

A Turquia mudou sua postura com relação a envolver-se em uma operação militar internacional contra o EI desde a libertação, em 20 de setembro, dos reféns turcos que estiveram há quase três meses em mãos dos jihadistas. “A Turquia fará o necessário no que envolve sua parte de responsabilidade. Dizer que a Turquia nunca tomará uma posição militar é errôneo. Protegerão outros países nossas fronteiras? Não, nós mesmos protegeremos nossas fronteiras”, afirmou o presidente turco.

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