AVALIAÇÃO - Especialistas dizem que caça Gripen NG será de 6ª geração

Shelia Faria | O Vale
Enviada Especial à Suécia

O Gripen NG, que vai ser desenvolvido pela Suécia em parceria com transferência de tecnologia para o Brasil, é considerado o caça mais avançado. A Saab evita confirmar, mas indica especialistas internacionais que afirmam que o Gripen NG será o primeiro caça de 6ª geração do planeta.

No Brasil, fontes classificam o caça como intermediária entre a 4ª e a 5ª geração. A classificação indica o nível de tecnologias usadas. Quanto maior a capacidade de não ser detectado por radar (ser invisível) maior é a geração do caça.

Independente da geração, o Gripen NG já é considerado acima da média dos caças.

Avaliação - "Um grande salto tecnológico que aconteceu na história recente da aviação de caça foi o das aeronaves F-5E para os F-5 modernizados. Apesar de alguns novos conceitos já terem sido experimentados pela aeronave AMX, os novos sistemas de armamento e gerência do cenário de combate que as aviônicas modernas desses aviões permitem faz toda a diferença porque mantêm um alto nível de consciência do ambiente de combate, que é riquíssimo de informações a serem interpretadas. O Gripen certamente faz isso tudo e muito mais", disse a O VALE, em Linköping, o piloto Bruno Pedra, major da FAB.

Segundo ele, além dessas vantagens, o Gripen NG vai incorporar performance de última geração. "Muitas outras características tecnológicas estarão presentes na nova aeronave, lembrando que o Brasil, dessa vez, é co-desenvolvedor numa parceria que está só começando", disse o major.

"O diferencial que pude constatar na fabricação sueca é a mentalidade sobre a gerência das informações. Em conversa com um dos pilotos de teste do Gripen, houve a explicação de que somente aquilo que realmente interessa ao piloto, deve ser disponibilizado", afirmou.

SIMULADOR - Aterrissagem é o diferencial



"Entre a decolagem e o pouso, pude experimentar a altíssima capacidade de manobra e trocas de energia (sobe muito e muito rápido) do Gripen. Mas o pouso foi o diferencial, uma vez que os auxílios tecnológicos facilitam a pilotagem e a aterrissagem ocorre por completo em menos de 1.000 metros", disse o piloto Bruno Pedra, na Suécia, após experiência no simulador do caça.

Sheila Faria viajou à Suécia à convite da Saab.

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