França pode afundar quase 1,5 bilhão de euros

A França continua num impasse graças à situação em torno dos porta-helicópteros Mistral, encomendados pela Rússia. O jornal francês Le Figaro avança uma lista de opções no caso de o país escolher não entregar os navios à Rússia.


Sputnik

Mandar os navios para o fundo do oceano.

Parece que a opção mais barata é simplesmente afundar os navios franceses, escreveu na terça-feira o jornal francês Le Figaro.

O jornal chegou a essa conclusão depois de analisar todas as opções possíveis para a França, no caso de cancelamento do contrato com a Rússia.

Utilizar os Mistrais de qualquer outra forma será muito mais caro.



Entregar os navios à Marinha francesa.

Entregar os navios para a Marinha francesa não é uma boa ideia. No início de abril o jornal francês L'Opinion escreveu que os marinheiros franceses não querem os Mistrais, uma vez que já têm três navios desse tipo e simplesmente não têm necessidade de mais dois.

Além disso Le Figaro escreve que o "Vladivostok" e o "Sevastopol" [os nomes dos dois Mistrais] foram adaptados para as exigências russas e sua "des-russificação" vai custar milhões de euros.

Vendê-los para algum outro país.

O jornal também analisa a possibilidade de encontrar novos clientes para os Mistrais. Por exemplo, o Canadá ou o Egito poderiam ser potenciais compradores.

No início de abril o presidente francês François Hollande sugeriu que a França pode rescindir o contrato com a Rússia e devolver o dinheiro.

No entanto, o custo de manutenção para os contribuintes dos dois navios no porto francês equivale a 5 milhões de euros por mês.

O exportador de armas russo Rosoboronexport e o construtor naval francês DCNS assinaram o acordo de US $ 1,5 bilhão para dois navios tipo Mistral.

A Rússia procedeu um pagamento antecipado em fevereiro de 2011, de acordo com o memorando de entendimento entre as duas partes datado de 25 de janeiro.

A entrega da primeira embarcação Vladivostok estava prevista para novembro de 2014, mas nunca aconteceu.

Paris adiou a entrega, alegando interferência de Moscou na crise ucraniana. O lado russo negou várias vezes qualquer envolvimento no conflito interno ucraniano, advertindo que a França terá de pagar uma multa em caso de não cumprimento das suas obrigações no âmbito do contrato.

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