Parlamento ucraniano autoriza entrada de tropas estrangeiras

O parlamento ucraniano aprovou a lei que autoriza a entrada de militares estrangeiros ao país se eles efetuem operações de manutenção de paz em conformidade com as decisões da ONU e da União Europeia.


Sputnik

A lei foi apoiada por 240 deputados da Suprema Rada com o mínimo preciso de 226 votos, diz a agência Ria Novosti.


Soldados ucranianos junto com militares americanos durante exercícios perto de Lvov
© AFP 2015/ Genya Savilov

Segundo a legislação da Ucrânia, no território do país é proibido o funcionamento de algumas unidades militares não previstas pela lei. Além disso, na Ucrânia não podem ser instaladas bases militares estrangeiras e por isso tropas estrangeiras são cada vez admitidas no país por uma lei especial proposta pelo presidente.

“A realização deste ato normativo permitirá a criação de condições necessárias para o lançamento no território da Ucrânia de uma operação de manutenção de paz e segurança”, diz-se no documento explicativo.

Um membro do Comitê de Defesa da Duma (câmara baixa do parlamento russo), Franz Klintsevich, considera esta lei uma nulidade.

“A lei aprovada pela Suprema Rada é uma nulidade, é pura publicidade e propaganda. Como ato normativo é condenado a fracasso. Eu, por exemplo, não posso imaginar a situação na qual a ONU iria manifestar-se em favor do envio de militares estrangeiros à Ucrânia”, disse Klintsevich aos jornalistas nesta quinta-feira (4) lembrando que tal decisão pode ser tomada pela ONU só se for apoiada pela Rússia.

“E a nossa posição principal consiste em que a presença de assim chamadas forças de paz estrangeiras divide o país ainda mais e contradiz os Acordos de Minsk”, frisou o deputado.

Segundo Klintsevich, também não faz sentido o ponto da lei segundo o qual a decisão da União Europeia é suficiente para o início de tal operação.

“Os líderes ocidentais nunca farão tal passo porque entendem que assim os seus países serão participantes diretos do conflito no lado de Kiev com todas as consequências respetivas”, disse.


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