Rússia revelará substituto do Mistral em show militar de São Petersburgo

O Centro de Pesquisa Estatal Krylov decidiu aproveitar o 7º Show de Defesa Marítima Internacional em São Petersburgo para revelar seus novos projetos, que incluem o novo navio de assalto anfíbio projetado para substituir o Mistral.


Sputnik

O 7º Show de Defesa Marítima Internacional (IMDS-2015) teve seu pontapé inicial em São Petersburgo nesta terça-feira, com dúzias de projetistas e fabricantes russos e mais de 30 empresas estrangeiras entre os participantes. Ao longo dos cinco dias do evento, todos mostrarão seus novos produtos e realizarão inúmeras conferências científicas e mesas redondas.

Vladivostok, navio do tipo Mistral
Vladivostok, Classe Mistral © Sputnik/ Grigoriy Sisoev

Um desses projetos está mantido em segredo até agora pelo Centro de Pesquisa Estatal Krylov. A Rossiyskaya Gazeta aponta que todos os futuros navios do centro Krylov já passaram por uma série longa de testes em piscinas especiais. Existe grande expectativa, segundo o jornal, para um projeto em particular - a possível resposta da Rússia ao acordo quebrado pela França, que entregaria navios Mistral de assalto.

Por enquanto, o projeto segue em segredo no estande do instituto de pesquisa e será revelado apenas para convidados especiais com permissão para detalhes confidenciais. No entanto, algumas das características do novo navio já são conhecidas. Chamado de Lavina ("Avalanche"), o navio pesará 24 mil toneladas. Seu comprimento é de 200 metros, e a largura, 34 metros. O navio será capaz de carregar até 50 tanques e outros veículos armados ou até 500 soldados ou ainda 16 helicópteros de assalto.

Maior que o Mistral (que pesa 21.300 toneladas), o Lavina seria também mais rápido, com uma velocidade máxima de 22 nós - contra 19 nós do Mistral.
Rússia e França assinaram um contrato no valor de US$ 1 ,3 bilhão para a entrega de dois navios de assalto anfíbios da classe Mistral. A entrega das embarcações foi adiada até o fim de 2014 depois que Paria acusou a Rússia de interferir na crise e na guerra civil ucraniana - alegações que Moscou nega seguidamente.

A imprensa russa relatou que o DCNS, grupo industrial francês encarregado da construção do navios, decidiu não participar do show de São Petersburgo. Rumores dão conta de que a empresa foi pressionada pelo Palácio Eliseu.


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