Turquia condena BBC por fazer propaganda terrorista

O Ministério das Relações Exteriores da Turquia criticou violentamente a emissora britânica BBC por publicar um artigo sobre a participação dos militantes do Partido dos Trabalhadores Curdos (PKK) na luta contra o Estado Islâmico.


Sputnik

A declaração emitida pelo Ministério das Relações Exteriores da Turquia frisa que "as publicações deste tipo sobre a organização que é reconhecida como terrorista em muitos países do mundo podem ser percebidas como propaganda aberta do terrorismo. São inaceitáveis as tentativas de apresentar esta organização terrorista as atividades da qual são proibidas em muitos países da UE incluindo o Reino Unido como combatente contra o outro grupo terrorista e também encorajar as pessoas a juntar-se a organização. Apenas durante o último mês em resultado das ações dos terroristas da PKK foram assassinadas 64 pessoas, 350 foram feridas, 16 foram sequestradas. Também os terroristas realizaram numerosos ataques ao sistema ferroviário, reservatórios de água, causaram danos muito graves à infraestrutura de transportes. As ações ulteriores dos terroristas e a sua força são fomentadas pela atitude irresponsável e hipócrita à luta contra terrorismo que é extremamente visível em tais publicações".


Fronteira entre Turquia e Síria
© REUTERS/ Murad Sezer

O artigo da BBC, publicado em 19 de agosto e intitulado "Como os combatentes o PKK preparam-se para guerra contra Estado Islâmico", contém o seguinte trecho: "Já por 30 anos o PKK tem lutado contra o governo turco. A organização que é reconhecida como terrorista na Turquia e em muitos países ocidentais agora tem papel-chave na luta contra o Estado Islâmico [o que não corresponde à realidade porque são os curdos sírios que lutam contra o Estado Islâmico mas não o PKK — redação].

A situação na Turquia agravou-se depois do atentado realizado em 20 de julho pelo Estado Islâmico e dos homicídios de policiais, reivindicados pelo PKK. Desde os finais de julho o governo turco está realizando uma operação militar contra as forças do Estado Islâmico no norte da Síria e Iraque e contra o PKK no sudeste da Turquia.

O grupo terrorista Estado Islâmico, anteriormente designado por Estado Islâmico do Iraque e do Levante, foi criado e, inicialmente, operava principalmente na Síria, onde seus militantes lutaram contra as forças do governo. Há alguns meses, aproveitando o descontentamento dos sunitas iraquianos com as políticas de Bagdá, o Estado Islâmico lançou um ataque maciço em províncias do norte e noroeste do Iraque e ocupou um vasto território. No final de junho, o grupo anunciou a criação de um "califado islâmico" nos territórios sob seu controle no Iraque e na Síria.


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