Granada é lançada durante confrontos em Kiev

Violentos confrontos entre manifestantes e polícia tiveram lugar em Kiev logo após a aprovação no Parlamento de alterações constitucionais que preveem descentralização do poder no país.


Sputnik

Um grupo de manifestantes descontentes com as alterações tentaram assaltar o edifício da Suprema Rada nesta segunda-feira (31). A polícia parou os radicais com uso de gás lacrimogêneo. 


Confrontos entre radicais e polícia em Kiev em 31 de agosto
© REUTERS/ Valentin Ogirenko

Durante os confrontos foi ouvida uma explosão após uma série de tiros, relata o canal televisivo 112 Ukraina.

Segundo o assessor do ministro do Interior ucraniano, Anton Gerashchenko, uma granada foi lançada contra os policiais, o que foi considerado uma provocação.

“Mais de 50 combatentes da Guarda Nacional foram feridos! Alguns militares da Guarda Nacional sofreram graves lesões. A vida deles está sob ameaça… Quatro combatentes estão entre a vida e a morte”, escreveu Gerashchenko no seu Facebook.

Geraschenko acabou de divulgar a informação que um dos combatentes da Guarda Nacional morreu na sequência de ferimento no peito causado por um fragmento da granada.


O ministro do Interior da Ucrânia Arsen Avakov escreveu que o suspeito de ataque com uso de granada foi detido.

Mais tarde o número de feridos cresceu. Assim, o chefe da direção do Ministério do Interior da Ucrânia em Kiev, Aleksandr Tereschuk, disse por sua vez que cerca de 100 pessoas foram feridas.

Segundo declarou o ministro do Interior ucraniano, Arsen Avakov, em resultado da violência em Kiev ficaram feridos o vice-ministro do Interior, Vasily Paskal, e dois jornalistas da televisão francesa.

Em declarações à mídia local, Arsen Avakov, culpou o líder do partido da oposição Svoboda (Liberdade), Oleg Tyagnibok, pelos tumultos em frente da Suprema Rada.

Mais cedo nesta segunda-feira, a Suprema Rada (câmara baixa do parlamento ucraniano) aprovou, na primeira audiência, um projeto de emenda à Constituição que prevê a descentralização.

O projeto foi apoiado por 265 parlamentares.

O documento será examinado na íntegra na próxima sessão do Parlamento, que começa em 1 de setembro.

Apesar de ser o autor do projeto de emenda à Constituição, o presidente da Ucrânia, Pyotr Poroshenko não esteve presente na sessão. O primeiro-ministro, Arseny Yatsenyuk, também se ausentou.

Os Acordos de Minsk, documento principal na resolução pacífica do conflito ucraniano, preveem a realização da reforma constitucional na Ucrânia até finais de 2015; a reforma deve respeitar a autonomia dos territórios do Leste do país, ou seja a região chamada Donbass.


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