Sérvia participa de manobras conjuntas com Rússia apesar de protestos da UE

Os exercícios internacionais Fraternidade Eslava com participação das forças aerotransportadas da Rússia, Bielorrússia e Sérvia se realizam desde 2 até 5 de setembro no polígono Raevsky perto de Novorossiysk.


Sputnik

Mas há quem não goste disso. Assim, os representantes da União Europeia estão contra a participação da Sérvia nas manobras, ressaltando "o destino europeu" do país. No entanto, ontem Ivica Dacic, ministro sérvio das Relações Exteriores, disse que ninguém na OTAN é contra a participação da Sérvia nos exercícios militares com a Rússia e, quanto à UE, esta não é uma organização militar e, por isso, não deve intervir.


Travessia do rio por um tanque T-72, dotado de equipamento para a condução subaquática (OPVT) durante exercícios táticos do Estado-Maior General das Forças Armadas russas. Os treinos decorreram  no campo de treinamento bielorrusso perto da cidade de Borisov.
Tanque T-72 © Sputnik/ Sergey Samokhin

"Temos o direito de cooperar com quem quisermos, esse é o nosso direito soberano. A Sérvia é um Estado independente," afirmou o chanceler sérvio.

Segundo ele, um conflito com amigos tradicionais da Sérvia por causa da adesão à UE ou a qualquer outra organização seria um "suicídio político".

Na entrevista à Sputnik Valery Vostrotin, coronel-general russo, chamou a reação da UE de "bastante previsível". Ele lembrou que Fraternidade Eslava são os segundos exercícios militares conjuntos entre a Rússia e a Sérvia. No final do ano passado, decorreram os exercícios Srem 2014.

O especialista militar Vladislav Shurygin considera que o objetivo dos exercícios é reação a desordens em massa — é muito atual porque nenhum país está garantido contra revoluções coloridas, especialmente se o país não é um aliado dos EUA.

Novas armas


No decorrer dos exercícios Fraternidade Eslava soldados usam 9M133 Kornet, mísseis antitanque, que ainda não são um armamento oficial das forças aerotransportadas russas.

"No decorrer dos exercícios o pelotão antitanque fará fogo usando mísseis antitanque Kornet que ainda não estão no serviço das forças armadas. Segundo a exigência do comandante, quando aparecem novos modelos dos armamentos, temos de os dominar na prática", disse o representante do serviço de imprensa do Ministério da Defesa russo Irina Kruglova.

Ela adicionou que Kornet tem o alcance de tiros elevado e o sistema de orientação avançado em comparação com o 9K111 Fagot que se usa agora.



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