Moscou acusa Ocidente de proteger rotas de abastecimento terrorista no norte da Síria

Os pedidos de alguns parceiros da Rússia em não bombardear o corredor de cera de 100 quilômetros de extensão na fronteira turco-síria são na realidade uma tentativa de assegurar o abastecimento de grupos terroristas, declarou a porta-voz oficial do ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova.


Sputnik

"Quanto aos assentamentos no norte da Síria, (…) alguns dos nossos parceiros praticamente nos imploraram para "não mexer" no corredor de pouco menos de 100 km de extensão na fronteira sírio-turca em torno de Azaz. Na verdade, é claro que isso foi feito com o objetivo de garantir a continuidade do abastecimento diário do Daesh (Estado Islâmico), da Frente al-Nusra e de outros grupos terroristas por esse trecho, através da Tuquia, com armas, munições e produtos alimentícios, bem como permitir que os terroristas transitem por esse local" – disse a diplomata, em texto publicado pela chancelaria russa. 


Terroristas do Daesh (Estado Islâmico)
Terroristas do Daesh © AP Photo/ Militant website via AP, File

Segundo Zakharova, "as acusações contra a Rússia, criadas em Washington e replicadas em Paris, Londres, Riade e Ancara, de que a Força Aérea russa estaria supostamente atingindo alvos errados e violando os acordos alcançados em Munique, são, no mínimo, surpreendentes".

"Agora ficam claras também as declarações turcas, de que, alegadamente, Ancara não permitirá a invasão de Azaz por curdos sírios, e que, além disso, eles supostamente ainda precisam devolver o aeroporto de Mineh, libertado por eles da Frente al-Nusra, um grupo que, lembrando, é considerado terrorista pela ONU" – destacou a porta-voz.

"Depois disso, o discurso do governo turco sobre o respeito à soberania e à integridade territorial dos países da região soam, no mínimo, estranhas, levando em contro que Ancara mantem seus exércitos em território iraquiano sem o consentimento de Bagdá, e, agora, ainda tenta ditar que deve, ou não, ficar nessa ou naquela parte da Síria" – concluiu Zakharova.



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