Síria acusa coalizão liderada pelos EUA de atacar posição do Exército

Bombardeio ocorreu perto do aeroporto de Deir al-Zor.
Pentágono admitiu possibilidade de erro em ataque da coalizão.


Reuters

 
O comando geral do Exército da Síria disse que aviões da coalizão liderada pelos Estados Unidos bombardearam uma posição do Exército sírio em Jebel Tharda perto do aeroporto de Deir al-Zor, neste sábado (17), abrindo caminho para que os combatentes do Estado Islâmico tomem o local.


Síria acusou coalizão liderada pelos EUA de atacar posição do Exército (Foto: Reuters)
Síria acusou coalizão liderada pelos EUA de atacar posição do Exército (Foto: Reuters)

O ataque aéreo matou soldados sírios e é "prova conclusiva" de que os EUA e seus aliados apoiam o grupo jihadista, disse o Exército sírio em um comunicado, ressaltando que o ataque é uma "perigosa e flagrante agressão".

O Pentágono admitiu que é "possível" que bombardeios da coalizão internacional tenham atingidos membros e veículos do Exército do governo sírio na cidade de Deir ez Zor, neste sábado.

Em comunicado, o Pentágono afirmou que as forças da coalizão internacional acreditavam ter acertado uma posição de um grupo de militantes do Estado Islâmico, mas o Ministério da Defesa da Rússia advertiu às forças americanas que era "possível" que soldados e veículos que estavam sendo bombardeados fizessem parte das forças do regime sírio. A coalizão internacional decidiu interromper o ataque.

A coalizão liderada pelos EUA vem realizando ataques aéreos contra o Estado Islâmico desde setembro de 2014. Em dezembro, o governo de Damasco acusou a coalizão de atacar um acampamento do Exército perto de Deir al-Zor, mas Washington disse que o ataque foi feito por jatos russos.

Os EUA disseram no sábado que levaram a cabo um ataque em Deir al-Zor contra cinco rotas de abastecimento do Estado islâmico, assim como outros ataques perto de Raqqa e em outros lugares na Síria.

Exército da Síria controla aeroporto de Deir al-Zor e partes da cidade que está, de outra forma, totalmente cercada por território mantido pelo Estado Islâmico.

Os Estados Unidos e a Rússia chegaram a um acordo sobre a Síria na semana passada, que envolve um cessar-fogo que entrou em vigor na segunda-feira, a entrega de ajuda humanitária a áreas sitiadas e uma eventual ação conjunta contra grupos jihadistas militantes se a trégua for mantida.

A guerra civil de cinco anos na Síria entre o presidente Bashar al-Assad e os rebeldes que procuram derrubá-lo atraiu as potências regionais e globais e permitiu que grupos jihadistas militantes, incluindo o Estado Islâmico, ganhassem território.


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