Estado Islâmico usa gás químico em ataque na Síria; 22 são internados

Ofensiva confirma suspeita sobre método do grupo jihadista, diz Exército turco. Combatentes afetados apresentaram náuseas e fortes dores de cabeça. 


EFE

 
O grupo jihadista Estado Islâmico realizou um ataque com gás químico no norte da Síria, segundo informaram fontes do Exército turco neste domingo (27), após a internação de 22 combatentes afetados. 


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© AFP 2016/ JM LOPEZ

"Vinte e dois membros opositores mostram em seus olhos e corpos sintomas de terem estado expostos a gás químico após um ataque com mísseis do EI na região de Haliliye, na Síria", disseram fontes do Estado-Maior turco citadas pelo jornal "Hürriyet".

As fontes, que não detalharam quando aconteceu o ataque, indicaram que o EI transformou obuses de artilharia em armas químicas com cloreto, confirmando a suspeita sobre a qual a Turquia já havia alertado, que os jihadistas recorrem a ataques químicos na região de Al Bab, no norte da Síria.

Os combatentes afetados, membros do Exército Livre da Síria (ELS), foram transferidos à província turca de Kilis, situada na fronteira com a Síria, onde foram hospitalizados e submetidos a um tratamento em uma unidade especializada em danos causados por armas químicas, biológicas e radioativas.

De acordo com a agência semipública turca "Anadolu", esses combatentes apresentavam náuseas e fortes dores de cabeça, que são os primeiros sintomas de um ataque químico.

Operação turca

 
Em comunicado, o Exército turco também informou que um combatente morreu e outros 14 ficaram feridos em confrontos contra o EI com parte da operação turca "Escudo de Eufrates", iniciada em 24 de agosto com a entrada das forças armadas turcas em terreno sírio, em apoio ao ELS.

Além disso, as bombas de caças-bombardeiros das Forças Aéreas turcas destruíram quatro alvos do EI. Entre 300 e 500 soldados turcos participam dessa operação, a mais ambiciosa já lançada pela Turquia em solo sírio desde o início do conflito no país árabe, em 2011.

As autoridades turcas indicaram que a operação se dirige tanto contra o EI como contra as Unidades de Proteção do Povo (YPG), uma milícia curdo-síria que conta com o apoio dos Estados Unidos, mas que Ancara combate por considerá-la uma organização terrorista.




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