Donald Trump volta a falar em "opção militar" contra Coreia do Norte

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reforçou nesta terça-feira que ainda considera a "opção militar" para responder à Coreia do Norte, e advertiu que essa via seria "devastadora" para o país asiático, ainda que tenha assegurado que suas ameaças são meras "respostas" ao líder norte-coreano, Kim Jong-un.


EFE

"Estamos totalmente preparados para a segunda opção. Não é a nossa opção preferida, mas, se adotarmos essa opção, será devastador, posso dizer-lhes isso, para a Coreia do Norte", disse Trump em uma entrevista coletiva conjunta com o presidente do governo da Espanha, Mariano Rajoy, na Casa Branca.

EFE/Oliver Douliery
Presidente dos EUA Donald Trump | EFE/Oliver Douliery

"Ela se chama opção militar. Se tivermos que usá-la, faremos isso", advertiu.

Trump opinou que o líder norte-coreano "está atuando de forma muita errada, dizendo coisas que nunca, jamais, deveriam ser ditas".

"E estamos respondendo a essas coisas, mas é uma resposta, não é uma declaração inicial, é uma resposta", salientou.

O governante americano se queixou que a situação da Coreia do Norte "deveria ter sido tratada (nos Estados Unidos) há 25 anos, há 20 anos, há 15 anos, há dez, há cinco, e teria sido muito mais fácil".

"Há muitas (antigas) administrações (americanas) que me deixaram um desastre. Mas solucionarei o desastre, logo veremos o que acontece com a Coreia do Norte", acrescentou.

As declarações de Trump acontecem horas depois que tanto o secretário de Estado dos EUA, Rex Tillerson; como o de Defesa, James Mattis, insistiram que a via diplomática é a prioridade do seu país para resolver as tensões com a Coreia do Norte.

"Vamos continuar com nossos esforços diplomáticos, e confiamos que essa será a maneira de resolvê-lo", afirmou hoje Tillerson a jornalistas no Departamento de Estado.

As tensões bilaterais têm se inflamado desde que Trump ameaçou há uma semana "destruir totalmente" a Coreia do Norte durante seu discurso perante a Assembleia Geral da ONU, algo que Pyongyang considerou uma "declaração de guerra", uma interpretação que a Casa Branca considerou "absurda".

Trump também agradeceu hoje à Espanha "sua recente decisão de expulsar o embaixador da Coreia do Norte" em Madri e por seu apoio aos esforços americanos "de isolar o brutal regime norte-coreano".

"É hora de todas as nações responsáveis unirem forças e isolarem a ameaça norte-coreana. Suas armas nucleares e seu desenvolvimento de mísseis ameaçam o mundo inteiro com uma perda impensável de vidas. Todas as nações devem agir agora para assegurar a completa desnuclearização da Coreia do Norte", acrescentou Trump.

O governante também reiterou seu agradecimento à China por ter rompido "todas as suas relações bancárias com a Coreia do Norte", apesar de o Ministério de Relações Exteriores chinês ter negado que tomou essa medida.

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