Em meio a rumores, Forças Armadas do Brasil compram antivírus russo

Enquanto EUA abandonam software da Kaspersky Lab e Rússia acusa país de usar métodos de concorrência desonestos, 120 mil computadores da Marinha, do Exército e das Forças Aéreas brasileiras serão protegidos por aplicativo.


Vassíli Krilov | Russia Beyond


A empresa russa de tecnologia da informação Kaspersky Lab confirmou que fornecerá soluções de segurança cibernética para as Forças Armadas do Brasil, incluindo Exército, Forças Aéreas e Marinha.


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Kaspersky Lab nega acusações dos EUA e afirma que investigação confirmará que empresa não tem ligações com agências governamentais russas.

A empresa russa venceu pregão eletrônico realizado em 2015, de acordo com informações da Folha de S.Paulo.

“A Kaspersky Lab poderá oferecer as mesmas soluções para as Forças Armadas do Brasil como um todo”, declarou o representante da empresa russa.

O fornecimento de software para os 120 mil computadores que pertencem às Forças Armadas do Brasil será realizado em conformidade com três contratos assinados diretamente com os três segmentos militares brasileiros.

Os contratos valerão por três anos e estão avaliados em R$ 8,4 milhões, de acordo com o jornal brasileiro. Desse montante, R$ 4,5 milhões serão direcionados a projetos das Forças Armadas.

Também estão previstos orçamentos de R$ 2,3 milhões para a aeronáutica e R$ 1,6 milhão para a marinha, que serão destinados a segurança cibernética.

O contrato com o distribuidor da Kaspersky Lab foi assinado ainda em 2016, de acordo com declarações de uma fonte do departamento de imprensa das forças terrestres do Brasil à agência de notícias Tass.

“Antes disso, o Exército do Brasil não possuía um sistema antivírus corporativo que funcionasse em todas as unidades", disse a fonte.

Segundo ela, representantes do Exército Brasileiro visitaram o escritório da Kaspersky Lab em Moscou em julho deste ano.

Na semana passada, o Departamento de Segurança Interna dos EUA emitiu um comunicado instando as agências governamentais dos Estados Unidos a deixarem de usar o software produzido pela Kaspersky Lab.

Segundo o documento, a instrução foi dada pela chefe interina do departamento, Elaine Duke, que estaria preocupada com as “conexões entre alguns funcionários da Kaspersky Lab, agências de inteligência russas e outras agências governamentais", bem como com “os requisitos que, de acordo com a legislação russa, permitem que os serviços especiais russos solicitem ou exijam a assistência da Kaspersky Lab na interceptação de mensagens que passam pelas redes russas".

Representantes da Kaspersky Lab negaram essas alegações e declararam que a investigação confirmará que a empresa não tem ligações com as agências governamentais russas.

O porta-voz do presidente russo, Dmítri Peskov, caracterizou a instrução de Washington como política.

O governo russo qualificou as alegações dos Estados Unidos como uma manifestação desonesta de métodos de concorrência de mercado.


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