Com essa arma, Pentágono pode destruir 'qualquer alvo no planeta' em 60 minutos

No ano 2020, os Estados Unidos receberão os sistemas de Ataque Global Imediato (PGS na sigla em inglês). A criação dos meios para este programa "é apenas outro fator que confirma a intenção de Washington de destruir o atual equilíbrio de forças", disse Alexandr Yemelyanov, representante do Ministério da Defesa da Rússia.


Sputnik

O PGS (Prompt Global Strike) são sistemas não nucleares de alta precisão que permitem atacar qualquer alvo no planeta apenas em 60 minutos a partir do momento em que foi tomada a decisão.


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Os objetivos desses sistemas são os lançadores de mísseis balísticos móveis e estacionários, postos de comando e instalações nucleares, dado que atualmente se conhecem três tipos de instalações de PGS.

O primeiro é composto de mísseis balísticos intercontinentais convencionais, equipados com blocos não nucleares de alta precisão, incluindo ogivas guiadas individualmente.

O segundo é constituído por mísseis de cruzeiro hipersônicos estratégicos.

Finalmente, o terceiro tipo inclui as armas cinéticas: as chamadas "barras de Deus" de tungstênio que têm entre 5 e 10 metros de comprimento.

Lançado a partir do espaço, um projétil desse tipo que atinge a superfície da Terra no ponto desejado proporciona um impacto de energia equivalente à explosão de cerca de 12 toneladas de TNT, isto é, trinitrotolueno. Contudo, esta opção estará supostamente ainda a ser concebida nos Estados Unidos.

"O objetivo final dos sistemas PGS é atacar qualquer parte do mundo em uma hora", especificou Viktor Murakhovsky, membro do Conselho de Especialistas da Comissão Militar e Industrial da Rússia e editor-chefe da revista russa Arsenal Otechestva, ao jornal Svobodnaya Pressa.

O analista observou que nem qualificaria os mísseis balísticos intercontinentais não nucleares como um meio de PGS. "Este tipo de míssil está sujeito às restrições do START-3 [Tratado de Redução de Armas Estratégicas], e é tecnicamente impossível distinguir os mísseis nucleares e convencionais deste tipo", acrescentou.

Portanto, o analista adianta que, quando o Pentágono fala sobre os complexos do PGS, "se trata de armas hipersônicas". No entanto, não está claro até que ponto os norte-americanos fizeram progressos a este respeito, acrescentou.

Conhece-se, por exemplo, o Boeing X-37B estadunidense, uma aeronave orbital experimental projetada para testar as tecnologias futuristas.

Oficialmente, a Força Aérea dos Estados Unidos declara que as tarefas do Boeing X-37B têm a ver com as tecnologias reutilizáveis de naves espaciais.

"Na verdade, este avião espacial permite resolver o problema de alcançar qualquer ponto do planeta em uma hora", explica o especialista.

Além disso, em 2020, Lockheed Martin promete criar uma versão operacional do SR-72, um promissor avião não tripulado hipersônico, que poderá alcançar velocidades até Mach 6 (ou seja, até 6.900 km/h). As aeronaves hipersônicas equipadas com mísseis hipersônicos também poderão atingir o alvo em menos de uma hora.

Outro elemento importante do PGS é o sistema de defesa antimíssil. O especialista observou que, em termos militares, se apagam os limites entre os sistemas de ataque e os de defesa.

"À velocidade hipersônica, os explosivos na ogiva são simplesmente desnecessários. Quando a velocidade de colisão com um alvo excede 10 km/s, a substância se torna em energia pura quase instantaneamente", pormenorizou Murakhovsky.

Com base nesse princípio operam alguns dos sistemas de defesa antimíssil estadunidenses, tais como o Ground-Based Interceptor (GBI, Interceptor Baseado no Solo) e o sistema de defesa antimíssil móvel THAAD.

Teoricamente, o GBI pode interceptar ogivas de mísseis balísticos intercontinentais, ou seja, alvos que seguem uma trajetória balística a uma velocidade de 7 km/s, fazendo-o na fronteira da atmosfera com o espaço a uma altitude entre 120 e 200 km.

O THAAD também opera contra alvos balísticos que têm uma velocidade de voo de entre 3 e 3,5 km/s (nas versões mais recentes, até 5 km/s). Trata-se de mísseis tático-operacionais da chamada faixa intermediária.

"O elemento de combate desses sistemas antimíssil é, na verdade, uma barra de metal", esclareceu o analista.

Segundo Murakhovsky, as armas hipersônicas também poderiam ser equipadas da mesma maneira. Então eles poderiam atacar do espaço, ou das camadas superiores da atmosfera, jogando uma barra de metal, em vez de uma bomba, contra o alvo. A uma velocidade de Mach 6-8, esta barra colidiria contra o alvo, produzindo um impacto comparável com a explosão de uma bomba de grande calibre, disse o especialista.

A Rússia, por sua vez, leva em consideração essas ameaças e implanta um complexo de sistemas de contração. Primeiro, é o sistema de alerta de ataque de mísseis, tanto terrestre quanto espacial, observou Murakhovsky.

Além disso, o país está "melhorando as armas de fogo e, acima de tudo, o sistema universal antiaéreo e antimíssil S-500, capaz de operar contra alvos hipersônicos e balísticos, bem como os no espaço próximo".

Finalmente, a Rússia está se debruçando sobre a criação do promissor sistema de defesa antimíssil Nudol. No entanto, concluiu o especialista, é proibido revelar algo mais sobre este processo.


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