'Os EUA ajudaram de fato o Daesh na Síria', diz parlamentar russo

O presidente do Conselho Interino da Federação Russa para a Política de Informação e Relações com a Mídia, Aleksei Pushkov, afirmou que está convencido de que "os EUA contribuíram para o estabelecimento do Daesh" na Síria.


Sputnik

"Hoje existe uma grande coalizão que inclui o Reino Unido, os EUA, a Rússia, o Irã, o Hezbollah e a Turquia que lutam contra os jihadistas na Síria, mas antes dos EUA e vários de seus aliados no Oriente Médio tentaram usar o Daesh para conseguir derrubar Bashar Assad em Damasco", disse Pushkov em entrevista à RT.


Presidente do Comitê para as Relações Exteriores da Duma Estatal (câmara baixa do parlamento russo), Alexei Pushkov.
Aleksei Pushkov © Sputnik/ Artyom Zhitenev

De acordo com o político russo, os grandes embarques de armas destinados à chamada "oposição moderada" na Síria, de alguma forma acabaram nas mãos do Daesh.

"Parece-me que havia um sistema completo para redirecionar essas armas para o Daesh", opinou.

Pushkov afirmou ainda que os canais de televisão ao redor do mundo mostraram como os militantes do Daesh estavam viajando em carros SUV Hummers e Toyotas, comprados com o dinheiro do Departamento de Estado dos EUA.

O politico russo comentou ainda que, em Washington, alegaram que os carros foram projetados para "oposição moderada", mas, de alguma forma, 100 Toyotas com metralhadoras pesadas acabaram nas mãos do Daesh na área de Palmira e Deir ez-Zor.

"Como isso aconteceu exatamente? A parte americana não podia explicar isso. De qualquer forma, verifica-se que a ajuda dos EUA à chamada 'oposição moderada' na Síria ajudou de fato o Daesh a enfrentar Assad", completou Pushkov.

No entanto, o político russo ressaltou que, quando os terroristas começaram a decapitar jornalistas e cidadãos ocidentais e a organizar ataques nas cidades europeias, a opinião pública se voltou contra o Daesh.

"Para qualquer governo, tornou-se absolutamente inaceitável até mesmo tentar usar esse agrupamento para alcançar alguns objetivos políticos ocultos", concluiu Pushkov.


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