Peshmerga: governo iraquiano pagará caro pela operação em Kirkuk

O ataque a Kirkuk pode ser considerado declaração de guerra aos curdos, autoridades do Iraque pagarão caro por isso, afirmaram tropas peshmerga.


Sputnik

Peshmerga acrimina a recente ofensiva das Forças Armadas do Iraque em Kirkuk, declarando que eles pagarão caro por isso.


Militar iraquiano em Kirkuk (foto de arquivo)
Militar iraquiano em Kirkuk © REUTERS/ Ako Rasheed

O assessor sênior do presidente do Curdistão iraquiano Masoud Barzani, Hemin Hawrami, citou a declaração da peshmerga no âmbito da ofensiva das tropas iraquianas na região de Kirkuk.

"Esse ataque pode ser considerado declaração de guerra contra o povo do Curdistão", disse um representante peshmerga.

As tropas peshmerga disseram que o ataque é realizado por militares iraquianos e milícias xiitas sob o comando do Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica. Os curdos acusam o governo do Iraque e o seu líder Haider al-Abadi de desencadear guerra.

Peshmerga acusou também a União Patriótica do Curdistão (UPK) de apoiar a campanha militar do Iraque. O líder da UPK, Jalal Talabani, morreu no início deste mês.

A declaração foi feita em meio à operação militar do Iraque em Kirkuk, destinada a assumir o controle da base militar K1, do aeroporto de Kirkuk, de dois campos de petróleo e do sistema de irrigação.

Hoje mais cedo, tropas iraquianas entraram na cidade de Tuz Khurmato, a sudeste de Kirkuk.

O representante da Comissão de Direitos Humanos da ONU no Iraque, Ali Al-Bayati, disse à Sputnik que os recentes combates perto da cidade de Tuz Khurmato, no norte da província de Salah ed-Dean, causou pelo menos duas mortes entre civis e deixou quatro feridos.

Em 2014, as tropas curdas peshmerga libertaram a província rica em petróleo de Kirkuk dos terroristas do grupo Daesh (proibido na Rússia). Desde então, a região tem sido controlada pelas autoridades curdas e forças peshmerga. Haider al-Abadi obteve autorização do parlamento para deslocar tropas para Kirkuk após o referendo pela independência curdo em 25 de setembro, qualificado por Bagdá como ilegal. Kirkuk, apesar de não fazer parte do Curdistão iraquiano, também tomou parte da votação.


Postar um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem