Rússia prepara resposta 'titânica' às sanções dos EUA

Os senadores russos se manifestaram a favor do projeto de lei sobre o pacote de sanções contra os EUA que atualmente está em discussão na Duma de Estado (câmara baixa do parlamento russo).


Sputnik

O documente prevê limitar a cooperação espacial entre Moscou e Washington, bem como restringir as exportações russas de titânio, metal utilizado pelas empresas aeronáuticas como a Boeing e a Airbus.


Duma de Estado da Rússia
Duma © Sputnik/ Vladimir Fedorenko

O vice-chefe do Comitê Internacional do Conselho da Federação da Rússia, Andrei Klimov, disse ao jornal russo Izvestia que, durante a etapa de preparação, é muito importante tomar em conta todos os detalhes para que a medida não afete as empresas russas. Mais do que isso, este projeto ainda não foi discutido com a comunidade empresarial.

"A nossa resposta às ações pouco amigáveis dos EUA deve ser sistemática […] É claro por que esse projeto de lei está sendo preparado. As nossas respostas às ações dos EUA são amplas, mas elas têm que ser calculadas de forma cuidadosa para não nos afetarem. Os EUA compram bens diferentes da Rússia, incluindo o titânio. Os nossos concidadãos trabalham nesta esfera, por isso não podemos romper os contatos necessários", sublinhou ele.

Um alto funcionário do Ministério da Indústria e Comércio da Rússia, cuja identidade não foi revelada, disse ao Izvestia que empresários russos querem cooperar com seus colegas norte-americanos e não gostariam de perder os contatos existentes.

A cooperação na esfera espacial entre duas potências, os EUA e a URSS, se iniciou em 1962. Entretanto, ela começou se desenvolvendo de maneira mais ativa nos anos 90 do século passado, quando foi lançada a Estação Espacial Internacional.

Um fator que influi na indústria aeroespacial dos EUA é que ela depende das exportações de titânio e dos bens produzidos a partir deste metal. Segundo vários cálculos, a Rússia fornece à Boeing e Airbus entre 40 e 60 por cento do volume necessário de titânio. Sem este metal, os lançamentos das naves espaciais por parte dos EUA terão grandes dificuldades.


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