Marinha do Brasil descarta compra dos OPVs classe River Batch 1

A Marinha do Brasil (MB) descartou a possibilidade de ficar com os três navios-patrulha oceânicos (NaPaOc) classe River Batch I que estão sendo desativados na Marinha Real e foram oferecidos à Força Naval Brasileira.


Por Roberto Lopes | Poder Naval

Consultado anteontem por um e-mail do Poder Naval acerca de informações que circulavam nos meios eletrônicos do Reino Unido dando conta da compra dos navios pela MB, o Centro de Comunicação Social da Marinha (CCSM) respondeu, no começo da noite desta sexta-feira (23.02), de forma breve: “Em atenção à sua solicitação, a Marinha do Brasil, por meio da Diretoria de Gestão de Programas da Marinha, não confirma as informações apontadas no questionamento”.


Segundo informações publicadas nas redes sociais no Reino Unido, o HMS Clyde que possui convoo e será desativado em 2019, também foi ofertado ao Brasil

Este articulista apurou que a Marinha não chegou nem mesmo a elaborar um requerimento de detalhes sobre a classe de navios – construída na metade inicial dos anos de 2000 –, ou preparar uma “visita técnica” para concluir sobre as condições atuais dos navios.

As embarcações foram descartadas, de forma rápida, após a chamada “análise de conveniência” da compra das unidades.

Apesar de os barcos da classe River original, de 1.700 toneladas de deslocamento, serem unidades consideravelmente novas, a avaliação acerca delas foi fortemente prejudicada pela falta de um convés de voo no projeto da embarcação.

Na Marinha do Brasil, a avaliação de um meio se inicia no momento em que ele é oferecido à MB.

Depois vem a análise de conveniência para a Força. Em seguida o requerimento, por parte da MB, de detalhes sobre o navio e a visita técnica para apurar suas condições reais.

Só depois disso é que vem a etapa da negociação do preço e das condições de pagamento.

No caso dos classe River ofertados, a MB, na tarde de ontem, sexta-feira, entendeu, após análise da conveniência, que as unidades não atendem aos requisitos que ela define como indispensáveis para este caso, e descartou a aquisição.

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