Três palestinos são mortos por forças israelenses em Gaza

Número de mortos desde início da 'grande marcha do retorno', em 30 de março, já chega a 44. Mais de 300 pessoas foram hospitalizadas após serem atingidas por balas ou terem inalados gases lacrimogêneos nesta sexta-feira (27).


France Presse


Três palestinos foram mortos por tiros de soldados israelenses na Faixa de Gaza durante a quinta sexta-feira consecutiva de protestos ao longo da fronteira com Israel, informou o Ministério da Saúde de Gaza.

Palestinos carregam homem ferido durante confrontos com forças de segurança israelenses perto da fronteira com a Faixa de Gaza, na sexta-feira (27) (Foto: Mohammed Abed/AFP)
Palestinos carregam homem ferido durante confrontos com forças de segurança israelenses perto da fronteira com a Faixa de Gaza, na sexta-feira (27) (Foto: Mohammed Abed/AFP)

Mais de 300 pessoas foram hospitalizadas depois de terem sido alcançadas pelas balas ou ter inalado gases lacrimogêneos, anunciou a mesma fonte.

As mortes desses três homens eleva a 44 o número de palestinos mortos desde 30 de março, data do início do movimento de protesto chamado "a grande marcha do retorno".

Abdul Salam Al Bakr, de 29 anos, foi morto no leste de Khan Yunis, sul do enclave. Outros dois homens, cuja identidade não foi informada, morreram no leste desse território, situado entre Israel, Egito e o mar Mediterrâneo.

O protesto voltou a mobilizar milhares de palestinos nesta sexta-feira (27), em cinco pontos diferentes ao longo da fronteira, constataram os jornalistas da AFP.

A marcha reivindica o direito dos palestinos a regressar para as terras das quais foram expulsos ou de onde tiveram que fugir no momento da criação do Estado de Israel, em 1948.

A mobilização, que deve terminar em meados de maio, também denuncia o bloqueio imposto por Israel à Gaza para conter o movimento islâmico Hamas, que governa o enclave palestino.

O exército israelense afirmou em um comunicado que aproximadamente 10 mil palestinos participaram do que classificaram como "distúrbios".

"Foram realizados atentados para danificar infraestruturas de segurança, queimaram pneus, lançaram pedras e objetos em chamas".

Em resposta, diz o comunicado, "os soldados recorreram a meios antidistúrbios e dispararam de acordo com as normas".

A Anistia Internacional pediu nesta sexta-feira um embargo de armas contra Israel pelo uso de balas letais.

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