RIMPAC: EUA rescindem convite feito à China

Depois de anos navegando ao lado da China nos maciços exercícios navais Rimpac, enquanto o concorrente militarizou as ilhas artificiais no Mar do Sul da China, os EUA decidiram que já é o bastante e rescindiram o convite.


Poder Naval

“A contínua militarização chinesa de características controversas no Mar da China Meridional só serve para aumentar as tensões e desestabilizar a região”, disse o porta-voz do Pentágono, tenente-coronel Chris Logan. “Como uma resposta inicial à continuada militarização da China no Mar da China Meridional, nós cancelamos o convite à Marinha do Exército de Libertação Popular (PLA Navy), do exercício Rim of the Pacific de 2018 (RIMPAC)”.

Navios chineses em manobras durante a RIMPAC 2016
Navios chineses em manobras durante a RIMPAC 2016

Teria sido a terceira aparição consecutiva da China no RIMPAC, um exercício que ocorre a cada dois anos e a última vez envolveu 26 nações e dezenas de navios de guerra.

A mudança é apenas a mais recente para o Pentágono chamar a atenção do seu concorrente. No início deste mês, o Pentágono ordenou que todos os comissários militares parassem de vender celulares, modems e outros eletrônicos das empresas chinesas Huawei e ZTE de suas prateleiras, citando um risco de espionagem.

A China vem construindo ilhas artificiais, que agora incluem pistas totalmente operacionais e defesas superfície-ar, desde 2014.

Os EUA continuaram a se envolver com a China e convidaram o concorrente para os exercícios de 2014 e 2016. Durante esse período, a China continuou dizendo que as ilhas eram principalmente para fins não militares.

No comunicado anunciando a exclusão da China em 2018, o Pentágono disse que “temos fortes evidências de que a China implantou mísseis antinavio, sistemas de mísseis superfície-ar (SAM) e bloqueadores eletrônicos (jammers) na região contestada das Ilhas Spratly no Mar do Sul da China. O pouso de aviões bombardeiros da China em Woody Island também aumentou as tensões.”

“A colocação desses sistemas de armas é apenas para uso militar”, disse o Pentágono.

FONTE: Defense News

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