'Nós seremos um alvo': alemães comentam planos dos EUA de posicionar mísseis na Europa

A mídia alemã, inclusive as edições Die Welt e Die Zeit, escreveu sobre os planos dos EUA de se retirarem do Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário (Tratado INF), a possibilidade de posicionarem nos países europeus mísseis americanos e a reação da Rússia à situação, o que provocou respostas ativas da parte dos leitores alemães.


Sputnik

Muitos usuários expressaram o receio de que, por causa do posicionamento na Europa de mísseis norte-americanos, o continente europeu se tornaria alvo de um ataque no caso de ocorrer algum conflito grande, enquanto o território dos EUA permaneceria em relativa segurança.


Lançamento de mísseis Bulava (imagem referencial)
Lançamento de míssil russo Bulava © Sputnik / Ministério da Defesa da Rússia

"A Europa não deve se tornar de novo um brinquedo dos ianques. Eu espero que o nosso governo seja razoável e não comece a posicionar armas ofensivas dos americanos", comentou Erik D.

"Se houver uma guerra, seremos nós o alvo, e não os EUA", opina Stan Lee.

"Imagine que a Rússia tivesse colocado sua defesa antimíssil no México e no Canadá e realizasse manobras militares nesses territórios. Por quanto tempo os EUA permaneceriam calados?" exclamou Axel F.

"Vocês não devem se esquecer de que a possível guerra começaria perante as nossas portas, e não do outro lado do Atlântico", assinalou House B.

Entretanto, vários internautas também acusaram da tensão crescente a Rússia, lembrando o posicionamento de sistemas de mísseis em Kaliningrado. Porém, os outros responderam que esses mísseis estão no território russo, e não no polonês ou romeno.

"Não quero mísseis nem da Rússia, nem dos EUA no meu quintal", concluiu Bavaria One.

Em 20 de outubro, o presidente dos EUA, Donald Trump, declarou que seu país abandonaria o Tratado INF, alegando supostas violações do acordo por parte da Rússia.

Mais tarde, o presidente estadunidense acrescentou que os EUA aumentarão suas capacidades nucleares até que os outros países, como a Rússia e a China, "recuperem a razão".

O Tratado INF, assinado por Washington e Moscou em 1987, não tem data de expiração e proíbe as partes de terem mísseis balísticos terrestres ou mísseis de cruzeiro com alcance entre 500 e 5.500 quilômetros.

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