Paquistão convoca embaixador dos EUA por acusações de Trump sobre Bin Laden

Trump disse que o Paquistão sabia onde estava Osama Bin Laden e que terrorista deveria ter sido capturado antes.


EFE

O governo do Paquistão convocou nesta terça-feira (20) o embaixador interino americano em Islamabad, Paul Jones, para expressar "um forte protesto" pela declaração do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que acusou o Paquistão de ajudar a esconder o ex-fundador da Al Qaeda, Osama bin Laden.

Imagem exibida pela emissora de TV Al-Jazeera em 5 de outubro de 2001 mostra Osama Bin Laden ao lado do egípcio Ayman al-Zawahri — Foto: Al-Jazeera via APTN
Imagem exibida pela emissora de TV Al-Jazeera em 5 de outubro de 2001 mostra Osama Bin Laden ao lado do egípcio Ayman al-Zawahri — Foto: Al-Jazeera via APTN

"A secretária de Relações Exteriores (Tehmina Janjua) convocou o embaixador interino americano Paul Jones para expressar um forte protesto pelas injustificadas alegações realizadas contra o Paquistão", indicou em comunicado o Ministério de Relações Exteriores do país asiático.

Trump acusou no domingo o governo paquistanês de saber onde estava escondido Bin Laden em seu território e que, apesar de o governo americano ter entregue US$ 1,3 bilhão ao ano ao país, o Paquistão não fez nada pelos EUA, em entrevista divulgada pelo canal de televisão "Fox News".

Janjua rejeitou a acusação e "lembrou" que "a cooperação da inteligência do Paquistão proporcionou as provas iniciais para rastrear o paradeiro" do ex-líder da Al Qaeda, morto em uma operação militar americana em 2011 no país asiático.

"Essa retórica infundada é totalmente inaceitável", ressaltou a secretária.

O primeiro-ministro paquistanês, Imran Khan, rejeitou na segunda as acusações de Trump e afirmou que os Estados Unidos usam o seu país como um "bode expiatório" pelos seus fracassos no Afeganistão.

Pouco depois dos tweets de Khan, Trump voltou a disparar contra o Paquistão na rede social.

"Não pagamos mais trilhões de dólares ao Paquistão porque pegariam o nosso dinheiro e não fariam nada por nós. Bin Laden é o exemplo principal", escreveu o presidente americano na sua conta do Twitter.

Em janeiro, Washington anunciou a suspensão da maior parte da ajuda de segurança ao Paquistão até que Islamabad "tome medidas decisivas" contra grupos terroristas como os talibãs, que "desestabilizam a região e ameaçam pessoas dos EUA".

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