General iraniano: estratégia do Irã é eliminar Israel do mapa político

As declarações do comandante surgem em meio a crescentes tensões entre Teerã e Tel Aviv, incluindo repetidos ataques aéreos israelenses a alvos "iranianos" na Síria no início deste mês.


Sputnik

A estratégia do Irã é eliminar "o regime sionista" de Israel do mapa político, disse o subcomandante do Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica do Irã, general de brigada Hossein Salami, nesta segunda-feira (28).


Militares do Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica (CGRI) marcham durante uma parada militar em homenagem à Guerra Irã-Iraque, de 1980-1988
Militares iranianos © REUTERS / MORTEZA NIKOUBAZL

"Declaramos que se Israel tomar qualquer ação para desencadear uma guerra contra nós, isso definitivamente levará à sua própria eliminação e à libertação dos territórios ocupados", frisou Salami, citado pela Reuters.

"A estratégia do Irã é remover o regime sionista do mapa político, e os israelenses contribuem para isso com suas atividades criminosas", acrescentou.

As declarações de Salami acompanham as observações do brigadeiro-general Aziz Nasirzadeh, comandante da Força Aérea iraniana, que ressaltou na semana passada que pilotos militares iranianos estavam "impacientes e prontos para lutar contra Israel e eliminá-lo da Terra".

Salami é bem conhecido por seus comentários agressivos contra os oponentes do Irã, advertindo que Tel Aviv seria "arrasada" se atacasse a Síria, sugerindo que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, seria forçado pelo Hezbollah a "fugir para o mar".

As tensões entre os dois países vêm crescendo em decorrência à atual operação aérea israelense contra a Síria. No início deste mês, Netanyahu alertou as suspeitas forças iranianas na Síria para "sair de lá rápido", acrescentando que Israel "não vai parar de atacar". O aviso foi seguido por dois ataques de Israel contra o Aeroporto Internacional de Damasco.

Israel repetidamente acusou o Irã de ter uma presença militar na Síria. No entanto, Teerã refutou fortemente as alegações, insistindo que sua presença militar no país é limitada ao envio de assessores militares a pedido de Damasco para ajudar a combater o terrorismo.

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