EUA podem dobrar contingente militar na América do Sul, diz chefe da inteligência russa

Os EUA podem aumentar seu contingente militar na América Central e do Sul de 20 mil para 40 mil homens, disse o vice-almirante Igor Kostyukov, chefe do Departamento Central de Inteligência (GRU, sigla em russo), do Estado-Maior das Forças Armadas da Rússia.


Sputnik

"Embora na América Latina não haja ameaça militar direta para a segurança dos EUA, Washington tem uma presença militar significativa [na região]. O Comando Conjunto das Forças Armadas dos EUA implantou na América Central e do Sul um contingente de 20 mil militares. No período de ameaças este pode aumentar para 40 mil militares", explicou Kostyukov.


Soldados americanos em exercício militar (arquivo)
© AFP 2019 / Nikolay Doychinov

De acordo com ele, os EUA podem provocar uma "revolução colorida" na Nicarágua e Cuba.

"As tecnologias de 'revolução colorida' testadas na Venezuela podem vir a ser usadas em breve na Nicarágua e em Cuba", disse ele.

Segundo Kostyukov, os EUA estão tentando estabelecer o controle total sobre a América Latina.

"A Administração dos EUA considera a América Latina como uma zona de seus importantes interesses estratégicos e aplica esforços consideráveis para estabelecer o controle total sobre a região", afirmou.

Kostyukov declarou também que os EUA transformaram a Organização dos Estados Americanos em instrumento de “repressão da dissidência” de outros membros da organização, usando uma nova versão da Doutrina Monroe para promover seus interesses na região, incluindo através da pressão contra os países “indesejáveis”.

Ele revelou que Washington gasta 1,5 bilhões de dólares anualmente para "aumentar sua influência" na América Latina. Estes são apenas os dados oficiais, sem contar com os diferentes programas especiais.

Os EUA estão prontos para acusar as autoridades venezuelanas legítimas de financiarem o terrorismo internacional, de maneira a justificar uma ação militar e as sanções aplicadas ao país, disse.

A tensão política na Venezuela aumentou desde que, em 23 de janeiro, o líder da oposição Juan Guaidó se declarou presidente interino do país.

Por sua vez, Maduro acusou Washington de organizar uma tentativa de golpe e anunciou o rompimento das relações diplomáticas com os EUA.

O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, disse que todas as opções para o que ele descreveu como "restauração da democracia" na Venezuela continuam na mesa, incluindo a intervenção militar.

Os EUA e vários países da Europa e América Latina, inclusive o Brasil, reconheceram Guaidó como presidente interino do país.

Rússia, China, Cuba, Bolívia, Nicarágua, Turquia, México, Irã e muitos outros países manifestaram seu apoio a Maduro como presidente legítimo e exigiram que os outros países respeitem o princípio de não interferência nos assuntos internos venezuelanos.

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