EUA usam sanções para tentar virar ex-autoridades venezuelanas contra Maduro

Imediatamente depois de se voltar contra o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, o general Manuel Cristopher, que serviu como chefe de espionagem do líder socialista, viu sanções econômicas dos Estados Unidos contra eles serem suspensas.


Por Roberta Rampton, Patricia Zengerle, Alexandra Alper e Matt Spetalnick, em Washington, e Brian Ellsworth, Mayela Armas, Cornia Rodriquez Pons e Vivian Sequera, em Caracas | Reuters

WASHINGTON (Reuters) - Mas outras ex-autoridades venezuelanas terão mais dificuldade de sair da lista de sanções dos EUA a menos que sigam o exemplo de Cristopher e adotem ações ousadas e tangíveis contra Maduro, segundo pessoas de dentro e próximas do governo Trump.

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Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, durante protesto pró-governo em Caracas 20/05/2019 REUTERS/Ivan Alvarado

“Depende de as pessoas estarem dispostas a tomar a iniciativa e fazer o que precisam fazer”, disse o senador Marco Rubio, republicano da Flórida que se tornou uma voz destacada na formulação da política do presidente Donald Trump para a Venezuela.

“Se isso ajudar a obter uma transição pacífica para a democracia, embora alguns destes indivíduos tenham feito coisas terríveis, eu estaria aberto a isso”, disse Rubio à Reuters.

Usar sanções econômicas para virar militares de alta patente e outras autoridades de alto escalão contra Maduro é crucial para o empenho dos EUA para remover o presidente socialista, cujo país sofre um colapso econômico e uma crise política.

Mas o governo Trump quer ver “ações concretas e significativas” antes de suspender sanções de ex-assessores de Maduro.

Alguns deles — como o ex-diplomata e general da reserva Hugo Carvajal — são alvo de acusações criminais dos EUA, o que pode tornar politicamente difícil o descarte de sanções.

O governo Trump retirou as sanções contra Cristopher rapidamente no dia 7 de maio como um “estímulo” para induzir outras figuras destacadas a desertarem.

A medida teve por meta apoiar Juan Guaidó, líder opositor e chefe da Assembleia Nacional que invocou a Constituição em janeiro para se declarar presidente interino, argumentando que a reeleição de Maduro em 2018 foi ilegítima. Os EUA e a maioria das nações da América Latina e da Europa endossaram Guaidó, que Maduro diz ser uma marionete de Washington.

Cristopher apoiou uma tentativa de levante em 30 de abril contra Maduro e foi essencial para libertar o mentor político de Guaidó, Leopoldo López, da prisão domiciliar.

Retirar as sanções impostas a ele foi visto como uma maneira de fortalecer um aceno de Guaidó a autoridades do governo Maduro e selecionar aquelas apreensivas com a capacidade de Maduro de sobreviver à crise política, disse uma autoridade da Casa Branca.

Na última década, os EUA colocaram mais de 150 autoridades e empresas da Venezuela em listas negras por motivos que vão da suposta participação no tráfico de drogas à corrupção e ao abuso de direitos humanos.

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