Ataque na Tunísia deixa feridos

Segundo o ministério do Interior do país, houve duas explosões, consideradas ataques suicidas, que tinham policiais como alvo; uma delas ocorreu no centro da cidade, perto da embaixada da França.


Por G1

Duas explosões que ocorreram em Túnis, capital da Tunísia, nesta quinta-feira (25), mataram um policial e deixaram pelo menos 8 pessoas feridas, afirmou um porta-voz do ministro do Interior tunisiano, segundo a agência de notícias Reuters. De acordo com ele, os incidentes foram ataques suicidas.

Multidão se aglomerou perto do local de um dos ataques em Túnis, na Tunísia, nesta quinta-feira (27) — Foto: Fethi Belaid/AFP
Multidão se aglomerou perto do local de um dos ataques em Túnis, na Tunísia, nesta quinta-feira (27) — Foto: Fethi Belaid/AFP

O porta-voz, Sufian Zaq, informou, também de acordo com a agência, que um dos ataques tinha como alvo um carro de polícia que estava na rua Charles de Gaulle, no centro da cidade, que fica a cerca de 400 metros da embaixada da França. A informação inicial é de que essa explosão deixou outro policial e 3 civis feridos.

"Foi uma explosão enorme que sacudiu toda a rua. As pessoas saíram correndo em todas as direções", explicou à agência de notícias EFE uma testemunha a poucos metros do local.

De acordo com a rádio local "Mosaïque FM", fontes sindicais informaram que o policial morto é Mahdi Zammali, integrante da direção da polícia municipal.

Segundo a Reuters, Zaq confirmou, ainda, um segundo ataque suicida perto de uma estação policial no distrito de El Gorjani, que deixou outros 4 feridos.

Ainda não se sabe quem está por trás dos ataques. Os locais das explosões foram isolados por policiais.

Presidente hospitalizado em 'estado crítico'

Em nota não relacionada às explosões, o governo da Tunísia informou, também nesta quinta-feira (27), que o presidente do país, Béji Caïd Essebsi, de 92 anos, foi levado a um hospital militar depois de sofrer uma "grave crise de saúde".

"A situação do presidente é crítica", disse seu consultor Firas Guefrech no Twitter.

Segundo a France Presse, o chefe do governo, Yussef Chahed, que foi ao centro da Tunísia, não quis responder às perguntas da imprensa sobre o estado de saúde do presidente.

Essebsi já havia sido hospitalizado no final da semana passada. Um dos conselheiros presidenciais disse que ele fez exames médicos de rotina, enquanto outro falava de um pequeno problema de saúde.

Ataque anterior

A rádio local "Mosaïque FM" também fala em um terceiro ataque, anterior, ocorrido por volta das 3h da madrugada no horário local desta quinta (por volta da meia noite de quarta (26) no horário de Brasília). O incidente teria ocorrido em uma estação de TV na cidade de Gafsa, localizada cerca de 350km ao sul de Túnis.

De acordo com informações do ministério da Defesa tunisiano obtidas pela rádio, terroristas dispararam tiros contra a estação, que é protegida por unidades militares, e depois fugiram. Não houve dano ou feridos, e forças militares e de segurança estão em busca dos autores.

Histórico

A Tunísia tem lutado contra grupos que operam nas áreas remotas da vizinha Argélia desde que uma revolta derrubou o líder autocrático tunisiano Zine Abidine Ben Ali em 2011. A alta taxa de desemprego também tem causado tumulto nos últimos anos.

Em outubro passado, uma mulher cometeu um ataque suicida em Túnis, ferindo 15 pessoas, incluindo 10 policiais, em uma explosão que acabou com um longo período de calma, depois que dezenas de pessoas morreram em ataques de militantes em 2015.

Desde que as autoridades impuseram um estado de emergência, em novembro daquele ano, a segurança no país melhorou, mas os ataques assustaram turistas e investidores, o que agravou os problemas econômicos do país, diz a Reuters.

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