Assessor de segurança dos EUA pede ação contra Maduro e tenta impedir interferência russa

John Bolton disse que, com as sanções impostas à Venezuela pelos EUA, será possível penalizar qualquer empresa ou governo que fizer negócios com o país latino-americano.


Reuters

O assessor de segurança nacional dos Estados Unidos, John Bolton, afirmou na terça (6) que é preciso exercer ação internacional mais incisiva contra Nicolás Maduro, da Venezuela, depois de Washington ter congelado os ativos do governo venezuelano como forma de pressionar o líder de esquerda.

John Bolton participa de uma cúpula, em Lima, para discutir a situação da Venezuela — Foto: Guadalupe Pardo/Reuters
John Bolton participa de uma cúpula, em Lima, para discutir a situação da Venezuela — Foto: Guadalupe Pardo/Reuters

Bolton se dirigiu aos presentes de uma cúpula sobre a Venezuela em Lima, no Peru.

Ele salientou que as autoridades podem agora sancionar qualquer um,inclusive não-venezuelanos, que apoiam o governo de Maduro.

O ministro de Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, chamou a medida de terrorismo econômico.

Mais cedo, o governo venezuelano divulgou uma nota com a mesma expressão, terrorismo econômico, para descrever o congelamento de bens venezuelanos.

Bolton, em Lima, falou de países que ainda fazem negócios com a Venezuela: “Estamos enviando um sinal para terceiros que querem fazer negócios com o regime de Maduro: aja com extrema precaução”.

Bolton pediu uma ação internacional mais incisiva contra Maduro. O americano acusou o venezuelano de estar fingindo participar de negociações com a oposição para ganhar tempo.

“O tempo para diálogo acabou. Agora é a hora de ação. O Maduro está no fim da linha dele.”

Bolton alertou a Rússia para não dar apoio à Venezuela.

O presidente Donald Trump assinou uma ordem executiva na segunda (5) que congela todos os ativos do governo venezuelano e proíbe a transação com ele. A medida pode impedir as relações venezuelanas com a Rússia, China e empresas.

Foi a primeira vez que os EUA congelaram ativos de um governo inteiro no Hemisfério do Ocidente em mais de 30 anos, e deu às autoridades dos EUA poderes sem antecedentes sobre as finanças do país latino-americano.

Trump já havia aplicado sanções, que não foram suficientes para tirar Maduro do poder ou corroer o apoio dos militares.

Bolton, um dos mais influentes assessores quando o assunto é Venezuela, recomendou à Rússia não dobrar sua aposta, e pediu à China que reconheça o opositor Juan Guaidó como líder.

Ele afirmou que o governo americano vai garantir que Maduro não tenha como se financiar, e alertou que um novo governante pode não querer honrar acordos feitos com o regime venezuelano atual.

Reservadamente, Bolton disse à autoridades peruanas que a medida terá o efeito de triplicar as sanções atuais aplicadas à Venezuela, de acordo com a Reuters.

A ação pode também inflamar a disputa comercial entre os EUA e a China, pois os venezuelanos contraíram dívidas com os asiáticos que pretendiam pagar em óleo, até 2021, de acordo com Fernando Cutz, que foi um assessor de Trump no Conselho de Segurança Nacional.

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