Marinha dos EUA estaria usando 'desmanche' em seus caças para suprir falta de peças de reposição

A Marinha dos EUA não estaria conseguindo manter seus caças no ar devido à falta de peças de reposição, fator que pode afetar sua capacidade operacional.


Sputnik

Além de impedir os caças de voar, a falta de peças também pode reduzir significativamente as capacidades dos norte-americanos em futuras guerras, segundo o portal Quartz.


O problema não é de hoje, entretanto, foi confirmado oficialmente em uma auditoria realizada pelo inspetor-geral do Departamento de Defesa, focada nos Boeing F/A-18 E/F Super Hornet.

"Embora os oficiais da Marinha e da Agência de Logística de Defesa (DLA) tenham identificado a quantidade de peças de reposição necessárias, eles não obtiveram a quantidade necessária para atender a atual demanda e cumprir os pedidos pendentes", aponta auditoria.

Além disso, a falta de peças de reposição segue sem uma solução definida para atender às exigências imediatas. Ao invés disso, a Marinha utiliza peças de outras aeronaves para suprir as necessidades dos Super Hornet.

Recentemente, Mac Thornberry, deputado republicano do Texas, confirmou que os fuzileiros navais estavam fazendo um ‘desmanche’ de um modelo em exposição em um museu para utilizar as peças nas atuais aeronaves.

Um relatório da DLA de 2017 apontou que as peças de reposição para os motores do AV-8B Harrier II da Marinha, fabricado pela Rolls-Royce, não foram entregues no prazo previsto.

"[...] O Pentágono está gastando grandes quantias de dinheiro dos contribuintes para comprar equipamentos grandes e caros [...]", afirmou Dan Grazier, analista militar.

Grazier, que serviu como capitão no Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA, afirmou que o país investiu bilhões de dólares no desenvolvimento de sistemas novos e não comprovados, enquanto os equipamentos como o Super Hornet, que são comprovados, ficam sem peças de reposição.

Ele também afirmou que a Marinha dos EUA teve de cancelar diversos contratos de peças de reposição para que o projeto F-35 fosse realizado e se tornasse operacional.

"O plano e as promessas que foram feitas sobre o F-35, sobre suas capacidades e estimativas de custos, estavam completamente errados e eram extremamente irrealistas", afirmou.

Após a auditoria e as denúncias sobre materiais obsoletos e falta de peças de reposição, a Marinha dos EUA afirmou estar tomando as medidas necessárias para solucionar o caso.

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