China não permitirá interferência estrangeira em Hong Kong e Macau, diz Xi

O presidente Xi Jinping disse nesta sexta-feira que a China jamais permitirá que forças estrangeiras interfiram em suas regiões especiais de Hong Kong e Macau ao dar posse a um novo governo pró-Pequim no polo de jogos de azar de Macau.


Por Joyce Zhou | Reuters

MACAU - Xi, que falou em uma cerimônia de comemoração do vigésimo aniversário da devolução do território ao controle chinês, cumulou a ex-colônia portuguesa de elogios por seu patriotismo e sua lealdade, mas não se referiu diretamente aos seis meses de protestos contra o governo na ex-colônia britânica de Hong Kong.


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Presidente chinês, Xi Jinping, discursa durante posse de novo governo de Macau 20/12/2019 REUTERS/Jason Lee

“Preciso enfatizar, desde a volta de Hong Kong e Macau à pátria-mãe, que lidar com estas duas Regiões Administrativas Especiais é inteiramente um assunto interno da China, e não é da conta de forças estrangeiras”, disse Xi.

“Não deixamos nenhuma força estrangeira interferir.”

Macau voltou ao comando chinês em 20 de dezembro de 1999 com a mesma fórmula “um país, dois sistemas” concebida para preservar o alto grau de autonomia com o qual Hong Kong é governado.

Enquanto manifestantes de Hong Kong, que fica diante da nascente do Rio Pérola, estão revoltados com o que veem como uma intrusão de Pequim em suas liberdades, Macau tem testemunhado pouca discórdia.

Pequim nega minar a autonomia de Hong Kong e culpou várias vezes governos estrangeiros, entre eles Estados Unidos e Reino Unido, por atiçarem tumultos no polo financeiro asiático.

Xi deu posse ao novo executivo-chefe de Macau, Ho Iat-seng, e ao seu governo, que comandará o enclave de várias ilhas nos próximos cinco anos.

Sob uma grande bandeira chinesa e uma menor de Macau, Xi trocou um aperto de mão com Ho, que foi selecionado em agosto por um comitê essencialmente pró-Pequim por meio de um processo semelhante àquele em que a liderança de Hong Kong é escolhida.

Xi não mencionou a indústria de cassinos de Macau, que representa mais de 80% de suas rendas, mas incentivou a diversificação e exortou o território a aproveitar oportunidades oferecidas por uma zona de desenvolvimento regional conhecida como Grande Área da Baía.

Ele também enfatizou a integração maior com o continente, mas não anunciou nenhuma medida específica.

Autoridades e executivos esperam que Pequim recompense Macau por sua lealdade, um contraste com o desafio nas ruas de Hong Kong, com medidas como uma nova bolsa de valores em iuan.

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