Veja como os Fuzileiros Navais dos EUA pretendem afundar navios chineses

O Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA (USMC) está entrando no ramo de “extermínio de navios”, e um novo projeto em desenvolvimento visa tornar realidade os seus sonhos de ameaçar a Marinha do Exército de Libertação Popular da China.


Poder Naval

Na proposta de orçamento da Marinha (o orçamento do USMC está embutido no orçamento da USN) para o ano de 2021 foi destacado que o Corpo de Fuzileiros Navais está busca associar projetos de veículos existentes, mísseis anti-navios e lançadores para criar Unidades Expedicionárias Terrestres de Lançamento de Mísseis Anti-navio e Veículos Operados Remotamente (Ground-based Anti-ship Missile and Remotely Operated Ground Unit Expeditionary – ROGUE). A Marinha está solicitando cerca de US$ 64 milhões para o projeto, de acordo com os documentos.


O programa é uma evolução de outro programa de Interdição Expedicionária de Navios da Marinha/Fuzileiros navais que reuniu mísseis anti-navios com o Sistema de Foguetes de Artilharia de Alta Mobilidade do Corpo de Fuzileiros Navais (HIMARS). Os Fuzileiros Navais olham com atenção o míssil Kongsberg / Raytheon Naval Strike Missile, que foi enviado ao Pacífico no ano passado a bordo do LCCS Gabrielle Giffords.

O plano para o ROGUE é desenvolver um veículo terrestre não tripulado construído sobre o chassi do Veículo Tático Leve JLTV, bem como um lançador “capaz de receber uma ampla gama de sistemas de mísseis”, informa a proposta de orçamento da Marinha.

Para o míssil os esforços seguem no desenvolvimento de um protótipo que forneça capacidade antiaérea e anti-navio.

No mês passado o principal oficial de aquisições da Marinha, James Geurts, secretário assistente da Marinha para pesquisa, desenvolvimento e aquisição, disse que os Marines e a Marinha têm trabalhado em conjunto no campo do NSM como parte do esforço.

“[Em 14 de janeiro] nós tínhamos a equipe com o Naval Strike Missile no LCS trabalhando em conjunto com o Corpo de Fuzileiros Navais ”, disse Geurts a um grupo de repórteres no simpósio da Surface Navy Association. “O Corpo de Fuzileiros Navais opera os lançadores terrestres e nós fazemos o comando e controle. Vamos disponibilizar isso imediatamente ao Corpo de Fuzileiros Navais”.

Os contratantes que trabalham no projeto são a Raytheon, fabricante do Míssil Naval Strike, e a Oshkosh, fabricante da JLTV.

O cronograma de desenvolvimento do veículo lançador ROGUE em 2020 é criar um protótipo funcional, incluindo o veículo e o lançador, e começar a realizar testes off-road. Os Marines planejam lançar um contrato de desenvolvimento de lançadores no primeiro trimestre de 2021, de acordo com documentos orçamentários da Marinha. E para o próprio míssil, os documentos pedem um teste de voo da Marinha e do Corpo de Fuzileiros Navais no segundo trimestre de 2021.

O projeto de desenvolvimento do míssil e do veículo lançador ROGUE faz parte de um novo conceito que os Fuzileiros Navais estão adotando para combater e derrotar a China em um conflito no Pacífico.

O conceito de operações dos Marines conforme descrito pelo comandante general David Berger nas orientações de planejamento do ano passado, pede que o Corpo de Fuzileiros Navais se alinhe mais intimamente como o braço do poder naval do que durante duas décadas de guerras no Iraque e no Afeganistão. Como parte disso, os Fuzileiros Navais querem poder espalhar suas forças em pequenos grupos pelas ilhas do Pacífico e negar liberdade de manobra à frota chinesa.

O general Eric Smith, chefe de desenvolvimento e requisitos do Corpo de Fuzileiros Navais, disse a repórteres no ano passado, durante a Conferência de Guerra Expedicionária, que os fuzileiros querem lutar com base em sua escolha e depois manobrar antes que as forças possam se concentrar contra eles.

“Eles são móveis e pequenos, não querem agarrar um pedaço de terra e sentar-se nele”, disse Smith sobre suas unidades da Marinha. “Não estou querendo bloquear um estreito permanentemente. Eu estou olhando para manobrar. O conceito alemão é ‘Schwerpunkt’, que aplica a quantidade e a pressão e força apropriadas no momento e local de sua escolha para obter o máximo efeito.”

Smith descreve um conceito em que a esquadra americana pode agrupar navios chineses em uma área contestada, onde os Fuzileiros Navais podem causar danos a partir da costa.

“Então, se estou manobrando em apoio ao comandante da Força-Tarefa em um espaço confinado e disputado, através da mobilidade que trago e com as conexões em superfície, posso chegar ao ponto de bloquear ou atacar esta força que foi agrupada no espaço contestado – algo que foi conduzido a esse espaço pelo comandante da Força-Tarefa”.

FONTE: DefenseNews (tradução e adaptação do Poder Naval a partir do original em inglês)

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