Venezuela testa sistemas de mísseis Buk ao longo da região costeira do país

A Venezuela realizou exercícios "aéreos, terrestres e navais" disparando mísseis antiaéreos e artilharia de foguetes de longo alcance em diversas ilhas ao longo da costa venezuelana, em meio a uma possível interceptação dos EUA de petroleiros iranianos.


Sputnik

O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, anunciou que as forças do país realizaram testes de mísseis na ilha de La Orchila, localizada aproximadamente 130 quilômetros ao norte do território continental venezuelano e que abriga a estação aeronaval Antonio Díaz.

Sistema de mísseis russo Buk-M2
Buk-M2 © Sputnik / Ramil Sitdikov

"Testemunhamos exercícios militares na ilha de La Orchila com o teste dos sistemas de mísseis mais precisos para a defesa das águas e das costas", anunciou Maduro em uma coletiva de imprensa com os líderes militares.

"Testamos o sistema de mísseis russo Buk, com total precisão [...] Estamos prontos para tudo e a qualquer momento", afirmou Maduro durante a coletiva com líderes militares.

O Buk-M2E tem um alcance de 50 quilômetros e os lançadores de foguetes BM-30 podem alcançar até 90 quilômetros, mas não estão equipados para ataques de precisão contra embarcações.

Em um dos vídeos publicados pelo Comando de Operações Estratégicas da Venezuela, os BM-30 parecem disparar contra um navio-cisterna simulado rebocado por navios de guerra da Venezuela.

A Força Aérea venezuelana também participou dos exercícios com aeronaves Sukhoi e F-16, realizando disparos de metralhadoras e lançamentos de bombas e mísseis contra alvos terrestres e marítimos.

Enquanto isso, o primeiro dos cinco navios-cisterna iraniano carregado de combustível está próximo do mar do Caribe, a aproximadamente dois dias de navegação de La Guaira.

Os cinco petroleiros estão transportando um total de 1,5 milhão de barris de combustível destinados a aliviar a escassez na Venezuela como resultado do fechamento da maior refinaria de petróleo do país no início do ano.

Por sua vez, o Pentágono assegurou que não há ordens de interceptar os petroleiros. Entretanto, há inúmeros indícios que apontam para uma possível interceptação, incluindo o envio de quatro navios de guerra dos EUA à região.

Em meio à COVID-19 e às novas acusações de narcoterrorismo contra o líder venezuelano por parte de Washington, os voos de patrulhamento dos EUA no Caribe foram intensificados.

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