EUA anunciam novo pacote de sanções contra autoridades e entidades iranianas

O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos anunciou hoje (18) um novo pacote de sanções contra o Irã, direcionadas contra uma fundação controlada pelo líder supremo, o aiatolá Ali Khamenei, e outras entidades e autoridades do país persa.

Sputnik


Faltando pouco mais de dois meses para o término do mandato de Donald Trump, as sanções anunciadas nesta quarta-feira (18) fazem parte de sua campanha de "máxima pressão" contra Teerã, e o secretário de Estado Mike Pompeo alertou que mais ações serão implementadas nos próximos meses e semanas.

Mike Pompeo © AP Photo / Manuel Balce Ceneta

O Departamento do Tesouro impôs sanções contra o que descreveu como uma rede de patrocínio fundamental para o líder supremo, a Bonyad Mostazafan, ou Fundação dos Oprimidos, que é controlada por Khamenei, e outros dez indivíduos e 51 entidades associadas.

Segundo o governo norte-americano, a fundação - uma instituição econômica, cultural, e de bem-estar social - acumulou grandes quantidades de riqueza, em detrimento do resto da economia iraniana, e controla centenas de empresas e propriedades confiscadas desde a Revolução Islâmica em 1979.

"O líder supremo do Irã usa a Bonyad Mostazafan para recompensar seus aliados sob o pretexto de caridade", disse Steven Mnuchin, secretário do Tesouro dos EUA, em comunicado. "Os Estados Unidos continuarão a visar funcionários importantes e fontes de geração de receita que possibilitem a repressão contínua do regime contra seu próprio povo", acrescentou.

Entre os sancionados estão os integrantes da mesa diretora da Bonyad Mostazafan, Amir-Mansour Borghei, Javad Ghana'at, Khosro Mokhtari, e Mohammad-Ali Yazdan Joo.

Além disso, o Departamento do Tesouro impôs sanções contra o ministro de Inteligência e Segurança iraniano Mahmoud Alavi e dois membros do Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica do Irã (IRGC, na sigla em inglês), o general-brigadeiro Heidar Abbaszadeh e o coronel Reza Papi, acusados de abusos dos direitos humanos contra a população iraniana durante os protestos de novembro de 2019.

Segundo o Ministério do Interior iraniano, cerca de 225 pessoas morreram durante os protestos, que começaram depois que a mídia estatal anunciou um aumento nos preços da gasolina, cujas receitas seriam utilizadas para ajudar as famílias mais necessitadas.

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