Submarino chinês perseguiu frota norte-americana

Um submarino chinês perseguiu um grupo batalha de porta-aviões dos Estados Unidos no Pacífico no mês passado e emergiu dentro do alcance de tiro de seus torpedos e mísseis antes de ser detectado.

O encontro surpresa destaca o contínuo esforço da China em se preparar para um futuro conflito com os Estados Unidos apesar dos esforços do Pentágono para tentar melhorar as relações com os militares do governo comunista de Pequim.

O encontro do submarino com o USS Kitty Hawk e suas escoltas também é desconcertante para o comandante das forças norte-americanas no Pacífico, Almirante William J. Fallon, que está engajado em um ambicioso programa de intercâmbio militar com a China que tem como objetivo melhorar as relações entre as forças militares dos dois países.

A revelação do incidente ocorre em um momento em que o Almirante Gary Roughead, comando da Frota do Pacífico da U.S. Navy, está realizando sua primeira visita oficial para a China. O almirante de quatro estrelas deveria se encontrar com líderes militares chineses durante a visita de uma semana, que começou no final de semana passado.

De acordo com autoridades militares, o submarino de ataque diesel-elétrico chinês da classe Song acompanhou o Kitty Hawk sem ser detectado e emergiu a cinco milhas do porta-aviões no dia 26 de outubro.

Já na superfície, o submarino foi observado por um vôo rotineiro de vigilância realizado por um dos grupos embarcados do navio.

O grupo de batalha do Kitty Hawk inclui um submarino de ataque e helicópteros anti-submarino que são responsáveis por proteger os navios de combate de um ataque de submarinos.

De acordo com autoridades, o submarino é equipado com torpedos e mísseis anti-navio de cruzeiro de fabricação russa.

O Kitty Hawk e vários outros navios de guerra foram enviados para as águas oceânicas próximas a Okinawa naquela época como parte de um programa de deslocamento rotineiro de outono. As autoridades afirmaram que os submarinos chineses raramente tem operado em águas profundas longe da costa chinesa ou perseguido navios norte-americanos.

Um porta-voz do Comando do Pacífico se negou a comentar o incidente, dizendo que os detalhes são classificados. Porta-vozes do Pentágono também não quiseram comentar.

O incidente é uma reviravolta para o agressivo programa de intercâmbio militar entre EUA e China que está sendo promovido pelo Almirante Fallon que realizou diversas visitas para a China em meses recentes para tentar desenvolver laços mais estreitos entre os dois países.

No entanto, críticos do programa no Pentágono dizem que a China não tem sido recíproca e continua a negar acesso a instalações importantes, incluindo um centro de comando em Pequim, aos visitantes militares norte-americanos.

Fonte: The Washington Times

1 Comentários

  1. A nova Guerra Fria não parece que será com uma Rússia reemergente, mas com a ambiciosa e nacionalista China.

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