Submarino nuclear do Brasil terá reator da Marinha brasileira



O Ministro da Defesa , Nelson Jobim, explicou nesta segunda-feira (25/2) que o Brasil e a Argentina deverão criar uma empresa binacional para desenvolver reatores nucleares destinados exclusivamente à produção de energia elétrica. A iniciativa insere-se no acordo assinado entre os dois países na última sexta-feira (22/2) durante visita do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, ao país vizinho. O acordo visa à cooperação na área nuclear e energética, entre outros pontos.

O Ministro da Defesa negou, no entanto, que a parceira Brasil-Argentina se estenda à construção do submarino nuclear brasileiro, diferentemente do que foi publicado no fim de semana em jornais argentinos. “É apenas para produção de energia”, esclareceu Jobim. O submarino nucelar, segundo o ministro, deverá ser produzido com tecnologia nuclear desenvolvida pelo Brasil, tendo à frente os centros de pesquisa da Marinha, em Iperó (SP).

Já a parte não nuclear do submarino, principalmente o casco e os sistemas eletrônicos, deverá ter por base o submarino convencional francês Scorpene. A intenção brasileira é que o desenvolvimento da parte nuclear conte com transferência de tecnologia francesa a partir de um acordo em discussão entre os dois países. Tanto o propulsor do submarino quanto o combustível nuclear são de tecnologia da Marinha brasileira. O governo garantiu que o projeto do submarino terá R$ 130 milhões anuais, pelo prazo de oito anos, para a conclusão do reator, que também poderá ter seu projeto adaptado para a geração de eletricidade.

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