Marinha cria órgão para construir submarinos



Alexandre Rodrigues, RIO

Para acelerar o desenvolvimento de um submarino nuclear brasileiro, a Marinha decidiu criar uma nova estrutura. O comandante da Marinha, Júlio de Moura Neto, convocou o almirante de esquadra da reserva José Alberto Accioly Fragelli, ex-comandante do Estado Maior da Armada, para assumir a Coordenadoria Geral do Programa de Desenvolvimento do Submarino Nuclear, que será criada hoje no Rio.

A medida é um dos primeiros passos para retomar a construção de submarinos convencionais no Arsenal do Rio, de onde o último dos cinco submarinos da frota brasileira saiu, em 2005, para alcançar o projeto de um casco capaz de receber o reator nuclear.

Com a decisão do Brasil de fechar um acordo com a França para transferência de tecnologia para a construção de quatro submarinos convencionais visando ao nuclear, a Marinha terá de preparar o Arsenal do Rio. O último submarino construído no Rio, o Tikuna, foi incorporado em 2005.

A decisão do Brasil pela França, anunciada no início da semana pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim, era o que faltava para a Marinha voltar a planejar a construção de submarinos. Os oficiais temiam que a demora tornasse obsoleta a plataforma montada no Arsenal.

“Precisamos dos submarinos convencionais, mais adequados para o controle de águas perto da nossa costa. Além disso, ele vai dar o embasamento para alcançarmos o submarino nuclear”, declarou o almirante Álvaro Luiz Pinto, comandante de Operações Navais da Marinha. Para ele, o projeto do submarino nuclear consumirá pelo menos dez anos.

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