Ave colide com avião participante da Cruzex

Apesar de não ter sido com um urubu, o incidente serve de alerta às autoridades que fiscalizam os lixões clandestinos da Grande Natal


O acidente envolvendo uma ave de pequeno porte e um avião militar participante da Operação Cruzeiro do Sul (Cruzex IV), ocorrido na última quarta-feira à tarde, foi confirmado pela assessoria de imprensa do exercício, que acontece na Base Aérea de Natal (BANT).

A equipe de prevenção a acidentes da BANT foi acionada pela primeira vez quando uma aeronave do tipo A-1 AMX, da Força Aérea Brasileira, colidiu com uma ave de pequeno porte no momento em que aterrissava no Aeroporto Internacional Augusto Severo.

O tenente coronel e assessor de imprensa, Henry Munhoz, explica que a pré-análise do incidente descarta a possibilidade de choque com um urubu, o que poderia levantar a polêmica em torno dos lixões nos arredores do aeródromo, problema este alertado dias antes pela Promotoria do Meio Ambiente.

"Se fosse um urubu, com certeza a FAB teria o maior interesse em averiguar, fazer fotos e notificar os responsáveis. Acompanhamos as discussões do Ministério Público e, assim como eles, defendemos a retirada desses lixões pensando na segurança de vôo", disse o tenente coronel.

Ele esclarece que o acionamento da Brigada de Incêndio do aeroporto é padrão em situações de emergência, destacando que o piloto, antes de aterrissar, sabe que colidiu em algo, porém não tem como precisar os danos nem o que o atingiu.

"Uma avaliação do dano na aeronave só pode ser feita em terra. Até então, o piloto não sabe se o avião está em risco ou o que pode acontecer quando tocar na pista, por isso, a emergência é acionada. É normal, dentro das normas de segurança", afirma Henry Munhoz.

O incidente é um alerta aos gestores municipais, na intensificação da fiscalização e coibição dos lixões clandestinos, principalmente, em Parnamirim e Natal, por onde passam os aviões com destino ao Augusto Severo. Existem relatos de outros acidentes, em que as aeronaves tiveram que realizar verdadeiros pousos de emergência. Alguns desses casos foram apresentados pela BANT em reunião com o MP, inclusive com fotos dos danos causados. No passado, houve casos de colisões com urubus em que o avião teve sérios danos no motor, fuselagem e na cabine. Neste último caso, o piloto pode ser atingindo diretamente, com relatos de militares que perderam a visão devido ao choque com aves.

O avião de caça tipo A-1 AMX, em questão, pousa a uma velocidade média de 120 milhas por hora – ou 250 quilômetros por hora.

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