Armas termo-báricas no Sri Lanka

Governo acusado de utilizar armas ilegais



O conflito que presentemente se desenvolve no Sri-Lanka, com o governo do país a tomar posições no norte e noroeste do país que estavam nas mãos da minoria Tamil, conhecida como «Tigres» (e que provocou já uma séria crise de refugiados) passou também para a lista dos cenários onde são utilizadas armas banidas.

Foram identificadas várias vítimas na sequência dos recentes recontros, cujas análise parece indicar a utilização de explosivos termobáricos.

Este tipo de arma, produz uma explosão inicial em que se pulveriza combustível, ocorrendo a sua ignição alguns décimos de segundo depois. A explosão resultante resulta na queima do oxigénio e num efeito de sucção adicional que destroça os alvos.

Terão sido atingidas centenas de pessoas com este tipo de armamento de entre os mais de 6.000 civis que foram mortos nas últimas semanas de combates.

Tanto o governo do Sri-Lanka quanto os rebeldes Tamil estão a acusar o outro lado pela utilização deste tipo de armamento. No entanto, armas deste tipo não estão disponíveis com grande facilidade no mercado internacional e o governo do Sri-Lanka adquiriu grandes quantidades de armamento à China e à Rússia recentemente, e ambos os países vendem com toda a facilidade este tipo de armamento.

Já o governo do Sri-Lanka afirma que os rebeldes utilizaram este tipo de armamento por ele ser mais eficiente contra viaturas blindadas desde que não completamente seladas. Uma arma russa especificamente tem sido apontada como podendo estar nas mãos dos rebeldes Tamil. Trata-se do lança-granada-foguete RPO-A «Schmel», uma espécie de RPG-7 que lança uma ogiva termobárica que será eficaz contra viaturas blindadas desde que não completamente seladas.

No entanto, a maioria das vítimas reportadas são civis e não há qualquer informação sobre pessoal do exército do Sri Lanka vítima deste armamento.

Os rebeldes Tamil, representam uma parte da população da antiga ilha de Ceilão que professa a religião Hindu e não o budismo, que é praticado pela maioria da população. Separados desde tempos imemoriais, eles foram referenciados logo que os primeiros europeus chegaram ao Ceilão.

Já os relatos portugueses do século XVI falavam da existência do reino Tamil de Jafna, no norte do Ceilão como sendo um dos sete reinos da ilha.

O conflito tem as suas origens nos anos 70, quando no intuito de unificar o país, foram restringidos os direitos das minorias.

Nos últimos meses, uma grande operação organizada pelo governo de Colombo, recuperou grande parte das áreas controladas pelos rebeldes.

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