Ataque na fronteira mata sete militares



Correio Braziliense Sete militares colombianos morreram e quatro ficaram feridos em uma emboscada atribuída às Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) no departamento (estado) de Nariño, na fronteira com o Equador.

Os rebeldes atacaram uma patrulha do Exército durante a madrugada, em uma zona rural da localidade de Samaniego, declarou Fabio Trujillo, secretário da administração do departamento. Quase na mesma hora, a explosão de uma bomba instalada perto do posto de polícia de Samaniego feriu levemente dois agentes.

Trujillo atribuiu os ataques à Frente Mariscal Sucre, uma facção das Farc muito ativa na região, onde também há atividade do Exército de Libertação Nacional (ELN) — segunda maior guerrilha da Colômbia, em fase de desmantelamento.

“É um fato grave, lamentável. Imagino a dor das famílias, especialmente hoje, no Dia das Mães”, disse o secretário.

Segundo Trujillo, os feridos foram levados a centros de assistência em Samaniego, onde recebem atendimento médico, e nenhum deles corre risco de morte.

Álvaro Uribe, presidente colombiano, considerou o atentado um ato “terrorista e covarde”. “São terroristas que atacam com explosivos, covardemente”, disse Uribe em Medellín, 400km ao noroeste da capital, Bogotá.

“Esses são os mesmos assassinos das Farc que querem propor ao país uma chantagem para libertar o cabo (do Exército Pablo Emilio) Moncayo. Eles têm é a obrigação de libertar todos aqueles que nunca deveriam ter sequestrado”, acrescentou o presidente, se referindo ao militar em poder da guerrilha há 11 anos.

Em 16 de abril, a organização rebelde anunciou que o soltará, mas desde que ele seja entregue à senadora de oposição Piedad Córdoba — o que Uribe não aceita. A região onde as Farc atacaram a patrulha militar fica perto do povoado em que Moncayo nasceu.

O cabo foi pego pelos rebeldes quando tinha 19 anos, durante um ataque em 12 de dezembro de 1997 a uma base de comunicação militar em Nariño.

“Não podemos permitir que esse grupo continue fazendo da obrigação de superar o delito do sequestro e libertar os sequestrados um ato de hipocrisia política”, afirmou o presidente.

Moncayo integra um grupo de 22 militares que as Farc pretendem trocar por cerca de 500 guerrilheiros presos.

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