Radar de R$ 2 mi vai reforçar combate

Novo equipamento se somará ao aparato tecnológico do Sipam e será usado para detectar vôos em baixa altitude nas faixas de fronteira

Da Reportagem

Um investimento de mais de R$ 2 milhões incrementará a proteção aérea das fronteiras da Amazônia contra voos irregulares, com destaque para o combate ao tráfico nos mais de 700 quilômetros de fronteira matogrossense, uma das grandes portas de entrada de drogas no Brasil. Um novo radar Saber M-60, de tecnologia 100% brasileira, se juntará aos outros 25 do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam), que atuam na detecção de voos em baixa altitude cruzando as fronteiras.

As informações geram relatórios de inteligência que orientam a Aeronáutica e a Polícia Federal em operações contra atividades ilícitas na região amazônica. Os relatórios elaborados com informações dos radares traçam a regularidade de incursões aéreas não autorizadas na região amazônica a menos de 300 metros de altura. Geralmente, são aeronaves de pequeno porte. Assim, o Sipam pode estudar a freqüência dos voos, identificar suas rotas e o tempo de permanência no espaço aéreo brasileiro.

A expectativa é de que novo equipamento entre em operação até o final de 2009, quando já terá sido concluída a aquisição – um convênio do Exército brasileiro com o Sipam, vinculado à Casa Civil da Presidência da República. O diretor-geral do sistema, Rogério Guedes, garante que, com o novo aparato tecnológico, aumentarão a precisão e a qualidade das informações repassadas aos órgãos de segurança.

Elaborado pelo Centro Tecnológico do Exército, o radar Saber M-60 é considerado um equipamento portátil – embora pese 250 quilos. A adaptação para operar em áreas tropicais e a facilidade de ser montado em tempo reduzido são características que garantem a grande mobilidade do aparelho para a coleta de informações estratégicas.

Na região amazônica, são comuns incursões aéreas relacionadas ao tráfico de drogas, principalmente oriundas da Colômbia e Bolívia, países vizinhos marcados pela grande produção de cocaína e pasta-base, consumidas no submundo das drogas em inúmeros países. Na tentativa de coibir o tráfico de entorpecentes, as principais dificuldades dos órgãos de segurança estão relacionadas justamente à necessidade de informações estratégicas.

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