França quer garantir Rafale

Helicópteros russos MI-35 comprados pela Força Aérea Brasileira, deverão operar na Amazônia até o final do ano

 




Os franceses estão longe de se acomodar com a preferência explícita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ministro da Defesa, Nelson Jobim, pelo caça Rafale.

Com o objetivo de confirmar o favoritismo das bolsas de apostas, a Dassault decidiu bancar a construção do KC-390, um cargueiro projetado pela Embraer.

A empresa pretende equipar a aeronave militar com a produção do caixão de asas de sistemas de comando de vôo digitais.

Além disso, o presidente Nicolas Sarkozy já se comprometeu com a aquisição de até 15 unidades.

Também reforçou a proposta de se construir 30 unidades do caça no Brasil. O governo deve adquirir 36 unidades.

Confirmada a escolha e sacramentado o contrato, a Embraer participará do projeto que poderá gerar até três mil empregos.

A construção das seis primeiras unidades seria na França a partir de 2013. Depois, a linha de produção é transferida para o Brasil.

O índice de nacionalização do avião poderá chegar a 50%, asseguram os franceses.

A Dassault voltou a afirmar que não haverá restrições quanto a transferência de tecnologia sensíveis.

Enquanto isso, os políticos franceses advogam pelo Rafale.

Numa audiência no Palácio do Planalto, o presidente do legislativo da França, Bernard Accoyer, fez lobby do modelo fabricado pela Dassault.

Ao presidente Lula, afirmou que a França tem interesse numa aliança estratégica com o Brasil que vai muito além da transferência de tecnologia do Rafale.

Desta vez Lula preferiu a prudência. Explicou que há um processo de escolha em andamento e que a decisão será tomada após o exame técnico realizado pela Força Aérea Brasileira (FAB), embora a última palavra seja política.

A França também é o único dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas que apóiam o ingresso do Brasil no órgão.

Amazônia

Helicópteros russos MI-35 comprados pela Força Aérea Brasileira, deverão operar na Amazônia até o final do ano. Pelo menos três aeronaves serão destacadas para a Base Aérea de Porto Velho (RO).

O Brasil adquiriu 12 unidades. O MI-35 é o mesmo utilizado pela Venezuela.

Além dos helicópteros de ataque, a FAB deverá criar uma unidade de caça na região.

No final do próximo ano, seis jatos F-5 que foram modernizados pela Embraer serão transferidos de Natal (RN) para Manaus (AM).

Também o próximo caça a ser adquirido pela FAB terá unidades na Amazônia.

Por sua vez, o Exército deverá inaugurar 28 pelotões de fronteira, inclusive em reservas indígenas e áreas de proteção ambiental.

Atualmente, são 23 os pelotões de fronteira.

A Marinha, por sua vez, terá uma segunda esquadra na região, na foz do rio Amazonas. Capitanias de portos serão criadas para ampliar o patrulhamento.

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