Depois do A-400M, os Problemas Agora Chegam ao NH90 dos Europeus

Os problemas com os NH90 alemães

Por Marcus Piffer - DefesaBR

Há algum tempo, eu disse – aqui no site e em alguns fóruns – que achava estranho que os helicópteros NH90 ainda não haviam dado as caras no Afeganistão. Todos os demais helicópteros das gerações mais recentes já foram empregados por lá, exceto o NH90.

Há três dias, foi publicado no DefenceNews uma notícia que talvez lance um pouco de luz sobre o fato: um relatório do Exército alemão aponta que o NH90 tem (ou está?) com uma capacidade operacional extremamente limitada e recomenda quando possível o emprego de aeronaves alternativas em cenários operacionais.

Dentre as limitações apresentadas, o artigo ressalta as seguintes:

Visão limitada do solo, o que permite que a aeronave pouse apenas sobre solo firme e sem obstáculos;

A cabine permite transportar soldados com apenas 110 kg, incluindo o equipamento;

O espaço limitado dos assentos faz com que o armamento pessoal e coletivo tenha que permanecer no piso e não junto dos combatentes, com riscos óbvios a segurança;

O piso é bastante frágil e pode ser danificado por coturnos sujos;

A rampa não suporta o peso dos soldados equipados, aumentando o tempo do desembarque;

Armamentos coletivos estão proibidos de serem transportados, pois não há como fixá-los ao piso da cabine;

Também está proibido o transporte de carga e tropa ao mesmo tempo, pelos mesmos motivos explicados acima;

O espaço interno exíguo também dificulta a instalação de metralhadoras laterais – como eu havia dito aqui;

O guincho não suporta o desembarque por fast-rope;

Não existe o possibilidade de lançamento de para-quedas com abertura automática.

O relatório é bastante surpreendente, pois grande parte dos países europeus comprou o NH90 em grandes quantidades e até agora era dado como um excelente helicóptero. Será que todos caíram no conto do vigário ou os alemães estão jogando muito duro neste relatório?

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