Imóvel militar pode pagar reequipamento

Segundo Jobim, idéia é utilizar 'recurso patrimonial para gerar dinheiro'

Roberto Godoy - O Estado de SP

O Ministério da Defesa vai utilizar o vasto patrimônio imobiliário das Forças Armadas para o financiamento dos programas de reequipamento e reorganização da Marinha,do Exército e da Aeronáutica. "Será uma ação complementar à expansão das dotações orçamentárias", diz o ministro da Defesa, Nelson Jobim. Para este ano o Orçamento da União destina para o setor militar R$59 bilhões – R$7,7 bilhões para investimento.

O ministério está levantando há um ano a extensão e a condição dos bens imóveis. "Já sabemos que são imensos", destacou Jobim em palestra no Instituto Fernando Henrique Cardoso, em São Paulo.
 
O modelo a ser adotado, todavia, não é o da simples venda do estoque, "mas o de utilizar o recurso patrimonial para gerar dinheiro", explica o ministro. Isso poderia ser feito com a participação em empreendimento sou ações que ainda não foram definidos. O Ministério da Defesa, com as Forças singulares, está cadastrando as propriedades em três categorias:as estratégicas, considerada uma projeção de 50 anos, as históricas, e as de interesse econômico – essas serão mobilizadas.

Jobim citou como exemplo fazendas que o Exército mantém no interior de São Paulo e do Rio Grande do Sul,"ilhas,cercadas por um oceano de áreas ricas".

Os programas de modernização das Forças Armadas contemplamohorizontede30anos para ser cumpridos.

CAÇAS

Há três dias o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a sinalizar sua preferência pelo jato de combate francês Rafale, na escolha do novo caça de alta tecnologia e múltiplo emprego da Força Aérea.

Respondendo a uma pergunta sobre a demora na tomada de decisão, o presidente afirmou que "a empresa a ser escolhida, seja qual for, terá de se comprometer com a transferência irrestrita de toda a tecnologia de ponta".

A única das três propostas finalistas que usa a palavra "irrestrita" nos documentos que tratam da abertura de conhecimento avançado é a da Dassault, da França. As outras duas se referem ao F-18, americano, e ao Gripen NG, sueco.

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